A força-tarefa da Operação Greenfield, do Ministério Público Federal em Brasília (MPF/DF), ofereceu uma denúncia e três ações civis públicas de improbidade administrativa como resultado de investigações sobre delitos e atos ímprobos praticados contra a Fundação dos Economiários Federais (Funcef). A reparação pedida, em todas as ações, totaliza quase R$ 2 bilhões, a ser destinada à Funcef.
A denúncia foi oferecida contra o ex-diretor de Participações Societárias e Imobiliárias da Funcef, Carlos Augusto Borges, e os sócios da Neves & Aires Consultoria, Assessoria e Serviços Terceirizados Ltda Júlio Neves de Carvalho e Rosana Aires Pereira. Os denunciados devem responder por gestão fraudulenta e desvio de R$ 636 mil em proveito próprio ou alheio na venda subfaturada de oito salas comerciais e duas vagas de garagem no Edifício da OAB/DF, de propriedade do fundo de pensão. Além disso, a denúncia pede reparação no valor de R$ 1,9 milhão, equivalente ao triplo do valor desviado.
Outra ação de improbidade trata dos atos que envolveram o investimento da Funcef no Fundo de Investimentos em Participações RG Estaleiros, em parceria com a Ecovix-Engevix Construções Oceânicas, em favor dos empreendimentos Estaleiro Rio Grande I e II, sem a observância dos deveres de diligência e por meio da utilização de documentos fraudulentos elaborados pela Rio Bravo Project Finance Assessoria Empresarial.
A última ação de improbidade refere-se aos atos que envolveram investimentos feitos pela Funcef, em parceria com a empresa Desenvix, no Fundo de Investimento em Participações Cevix (FIP Cevix), instituído pela empresa Engevix, sem a observância dos deveres de diligência e por meio da utilização de documentos fraudulentos elaborados pela Upside Finanças Corporativas Ltda, que supervalorizaram os empreendimentos.