SÃO PAULO – O JPMorgan rebaixou a recomendação para ações da Petrobras de neutra para underweight (expectativa de desempenho abaixo da média do mercado) e cortou os preços-alvo estipulados aos papéis da estatal petrolífera.
Enquanto o preço-alvo das ações preferenciais da Petrobras (PETR4) foi cortado de R$ 16,00 para R$ 8,00, o dos papéis ordinários da companhia (PETR3) foi cortado de R$ 15,00 para R$ 7,00.
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Em relatório assinado pelos analistas Marcos Severine e Felipe Dos Santos e publicado nesta quinta-feira (4), o JPMorgan afirmou que “apesar de todos os esforços da atual gestão, que, em nossa opinião, tomou as medidas necessárias e adequadas para lidar com a situação financeira difícil, acreditamos que os desafios da Petrobras permanecem”.
A combinação de condições macroeconômicas nunca antes vista – preços do petróleo negociados no patamar de US$ 30 e considerável desvalorização do real frente ao dólar – seguida por um acesso limitado ao mercado de dívida torna o investimento na estatal mais arriscado.
“Este cenário implica que o governo federal não deve reajustar os preços dos combustíveis para baixo nem estabelecer o aumento da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), imposto da gasolina, às custas da Petrobras”
Os analistas sinalizaram ainda que acreditam que a estatal não deve pagar dividendos no curto-prazo. “Acreditamos que a Petrobras reportará um prejuízo de R$ 1,8 bilhão em 2015.”