Novas estratégias da Petrobras envolvem economia de baixo carbono

RIO – (Atualizada às 12h) A Petrobras incorporou três novos temas ao conjunto de 20 estratégias que norteiam os princípios fundamentais da companhia. Agora, a estatal afirma que buscará a transição para uma economia de baixo carbono, vai se preparar para capturar oportunidades advindas da transformação digital e vai otimizar a gestão financeira e de riscos da companhia.

Segundo a empresa, que divulgou nesta quinta-feira (21) seu plano de negócios 2018-2022, as 20 estratégias são “refletidas” em 78 iniciativas, que são desdobradas até o nível de supervisão, “com acompanhamento sistemático, de forma a assegurar disciplina na sua execução”.

Entre as estratégias da estatal estão a redução do risco, agregando valor por meio de uma “gestão ativa” de portfólio através de parcerias, aquisições e desinvestimentos; a reestruturação dos negócios de energia elétrica; o gerenciamento do portfólio de forma a garantir a sustentabilidade da produção; a saída integral das atividades de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP, produção de fertilizantes e das participações em petroquímica; e a maximização da geração de valor da cadeia de gás como combustível de transição.

A Petrobras também afirma que buscará o fortalecimento dos controles internos e da governança; o resgate da credibilidade e da reputação da companhia; a disciplina no uso de capital e retorno aos acionistas; otimizar a produtividade e os custos de acordo com as melhores práticas internacionais; gerenciar o processo de contratação de bens e serviços com foco em valor; promover gestão da força de trabalho em ambiente de cultura participativa orientado para resultados que agreguem valor; fortalecer a gestão de reservatórios em busca de oportunidades para incorporar reservas; e promover política de preços de mercado e maximização das margens.

Além disso, também estão entre as 20 estratégias priorizar o desenvolvimento da produção em águas profundas, atuando prioritariamente em parcerias estratégicas e viabilizar a concepção e implantação de projetos com baixo preço de equilíbrio de petróleo.

Pré-sal

A Petrobras pretende concentrar, no pré-sal, 58% dos US$ 60,3 bilhões previstos para a área de exploração e produção no seu novo plano de negócios.

O principal destino dos investimentos será o campo de Búzios, área da cessão onerosa localizada na Bacia de Santos, que deverá demandar US$ 11,4 bilhões na instalação de cinco novas plataformas.

Lula, o principal campo produtor do país, por sua vez, demandará aportes de US$ 4,5 bilhões, com a implementação de dois novos sistemas de produção. Já o campo de Mero (área noroeste de Libra) receberá US$ 2,3 bilhões.

Ainda na área de exploração e produção, a Petrobras quer investir US$ 18,9 bilhões na Bacia de campos, na “maximização do valor da bacia”, responsável por metade da produção da companhia.

Ao todo, Campos receberá quatro novas plataformas e a perfuração de seis novos poços exploratórios.

A empresa aposta também no aumento do fator de recuperação dos campos da região. Ao todo, a estatal possui 91 projetos do tipo.

A companhia, que já obteve a renovação de três concessões com vencimento previsto a partir de 2025, tem outros seis contratos em negociação para extensão.

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