Há algumas semanas, o banco bateu à porta dos fundos de pensão que controlam a companhia em apuros — Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa) —, se dispondo a encontrar interessados no ativo. Segundo as fontes, tratou-se de um trabalho “não solicitado”, mas que os fundos de pensão toparam, dadas as dificuldades financeiras da Invepar.
O BTG, claro, também avaliaria a possibilidade de integrar o ativo às suas próprias estratégias, como já contou o colunista do GLOBO Lauro Jardim. O banco, de fato, se mexeu.
Uma fonte conta que o BTG propôs à Mubadala Capital, braço de investimento de um fundo soberano de Abu Dhabi, a compra dos seus títulos de dívida da Invepar. A Mubadala é a maior credora da Invepar, com R$ 325 milhões em debêntures, e viu seu relacionamento com a empresa se deteriorar nos últimos meses.
O objetivo do BTG, segundo a fonte, era ganhar poder de barganha para negociar eventual compra de ativos da carteira da Invepar — da qual o único relevante hoje é Guarulhos. O negócio não andou, porém.
A venda de Guarulhos é tida como um dos movimentos mais prováveis para a resolução da situação financeira da Invepar. Amanhã, os sócios da companhia de infraestrutura vão se reunir para decidir se entram com o pedido de recuperação judicial. Uma liminar “protege” a Invepar de seus credores até o próximo dia 15 — leia-se: a Mubadala, que já pediu o vencimento antecipado de todas as dívidas da companhia depois que a Invepar parou de honrar os pagamentos devidos.
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