Jornal britânico revela que grandes institucionais já estão aportando capital nas criptomoedas
Os fundos de pensão estão começando a comprar bitcoins (BTC) nos Estados Unidos, segundo notícia do “Financial Times”. O movimento era bastante esperado pelo mercado de criptomoedas desde que o investidor instucional começou a adotar este tipo de ativo com maior entusiasmo após a aprovação dos primeiros fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista em Wall Street no ano passado.
Mesmo assim, o movimento é bastante significativo, visto que os fundos de pensão são instituições financeiras com caixas gigantescos e tradicionalmente mais conservadoras. A disparada de mais de 120% no preço do bitcoin em 2024 ajudou a expandir a demanda pela moeda digital, com cada vez mais cotistas pedindo para que seus fundos incluíssem o ativo em seus portfólios.
De acordo com o “FT”, os estados americanos de Wisconsin e Michigan estão entre os maiores investidores em fundos ligados a criptomoedas, ao mesmo tempo em que planos de pensão do Reino Unido também têm feito pequenas alocações no bitcoin nos últimos tempos.
Um fator que ajuda a turbinar o movimento é a eleição do presidente Donald Trump, que prometeu uma regulação pró-cripto em seu governo e fala até na criação de uma reserva estratégica de bitcoin. A manutenção de BTCs por parte do governo americano anima os investidores, algo que se reflete no preço.
O veículo preferido dos fundos de pensão para investir em cripto tem sido os ETFs, que já são regulamentados. O Conselho de Investimentos do Estado de Wisconsin, por exemplo, detém uma participação no ETF de bitcoins da BlackRock avaliada em aproximadamente US$ 155 milhões. Michigan, por sua vez, possui ações no ETF de ether da Grayscale e no ETF de bitcoins da ARK 21Shares, administrado por Cathie Wood, conforme informou o “FT”.
A publicação lembra, contudo, que alguns fundos de pensão já sofreram reveses significativos, como é o caso do Plano de Pensão dos Professores de Ontário, no Canadá, registrou uma perda de US$ 95 milhões com o colapso da exchange FTX em 2022.
O movimento ainda está em seu início e consultores alertam para os riscos envolvidos no investimento em uma classe de ativos tão volátil.