Magda Chambriard amplia ‘strike’ na cúpula da Petrobras para acomodar indicaç ões políticas

Desde o primeiro governo de Lula, empresa teve onze presidentes. Magda Chambriard é a 12º

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Kahn será substituído por Wagner Victer, ex-secretário de energia do Rio de Janeiro nos governos Anthony Garotinho e Rosinha. Servidor da Petrobras, mas afastado da companhia há pelo menos 24 anos para assumir cargos políticos, ele administrará o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo, com capacidade de produzir 560 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a 17% da produção nacional.

Mais recentemente, Victer foi diretor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), entre 2019 e 2023, na gestão do petista André Ceciliano. À frente do cargo, foi responsável por indicar Magda Chambriard para um cargo de assessoria na Alerj. Agora, Magda conta com o aliado para quadruplicar a produção de Búzios para 2 milhões de barris diários até 2028 e diminuir a reinjeção de gás no campo.

Já Ana Zettel dará lugar a Eduardo Costa Pinto, professor da UFRJ e pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), entidade acadêmica ligada à FUP. O cargo é considerado como o “maestro da orquestra” por tomar decisões sobre projetos bilionários e supervisionar os campos. Por esse motivo, Costa Pinto também integrará o comitê de decisões de investimento da Petrobras.

Outra troca relevante, em um cargo que também tem espaço no colegiado de investimentos junto com a diretoria, ocorreu na gerência-executiva de Sistemas de Superfície, Refino, Gás e Energia – responsável pelas licitações para a contratação de projetos de todas as construções de plataformas, obras de refinarias e terminais de gás, algo em torno de US$ 14 bilhões por ano.

O novo gerente-executivo, Flávio Fernando Casa Nova da Motta, substitui Cesar Cunha de Souza. Casa Nova foi gerente-geral de engenharia do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e ex-gerente de empreendimentos da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – ambos empreendimentos interrompidos em 2015 após as investigações da Lava-Jato apontarem pagamento de propina nos contratos.

Também integram a lista de demissionários os gerentes-executivos de Energia Renovável, Daniel Pedroso, e de Gestão Integrada de Transição Energética, Cristiano Levone. Eles serão substituídos, respectivamente, por Rodrigo Leão, que foi assessor de Jean Paul Prates e presidente da Petrobras Bioenergia, e para o lugar de Levone vai William Nozacki, assessor de Aloizio Mercadante no BNDES.

Como publicamos no blog em junho, as duas indicações foram avalizadas pela FUP. O presidente da federação, Deyvid Bacelar, chegou a pedir publicamente a saída de Pedroso pela sua participação na negociação da venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para um fundo soberano dos Emirados Árabes – tratativa que a Petrobras tenta reverter.

Na área de exploração e produção, também foram destituídos o gerente-executivo de Libra, João Jeunon, Francisco Queiroz (Terra e Águas Rasas) e Ricardo Morais (Águas Ultraprofundas).

Na Diretoria Financeira, foi desligada Marina Quinderé, gerente-executiva de Suprimentos e responsável pelas contratações da estatal. Já na Diretoria de Tecnologia e Engenheria, quem está de saída é Mariana Cavassin, gerente-executiva de Implantação de Projetos de Produção.

https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2024/07/magda-chambriard-amplia-strike-na-cupula-da-petrobras-para-acomodar-indicacoes-politicas.ghtml


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