Aposentados das estatais são as verdadeiras vítimas da suspensão das multas de empresas c orruptas

As companhias multadas nos acordos de leniência, tanto no âmbito da Lava Jato, quanto de outras operações como a Greenfield, estão encontrando caminhos para não pagar

As empresas multadas nos acordos de leniência, tanto no âmbito da Lava Jato, quanto de outras operações como a Greenfield, estão encontrando caminhos para não pagar com essas decisões monocráticas do STF, seja do ministro Dias Toffoli, seja do ministro André Mendonça. Mas tem gente que está pagando: os aposentados da Caixa, dos Correios , da Petrobras estão tendo descontos mensais nos valores que recebem para cobrir os rombos desses fundos, em grande parte criados pelas operações fraudulentas.

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Na esteira da revisão das decisões da Lava Jato, tudo está indo no rodo. O Supremo reconheceu a imparcialidade do juiz da Lava Jato, que tinha, soube-se depois, uma agenda política. Mas e o que dizer da J & F que negociou seu acordo de leniência dentro da Operação Greenfield, em Brasília. Nada a ver com Curitiba. E mesmo o que houve com as empresas em qualquer acordo foi a confissão de crime e o reconhecimento de que deram prejuízo aos cofres públicos e aos fundos de pensão.

O STF tem que dizer através do seu colegiado se as vítimas, aposentados e o Tesouro, não terão ressarcimento. Quem quiser entender na vida pessoal do aposentado o que acontece, leia o artigo da administradora e da aposentada da Caixa Gigi Reis, porque ela escreve da perspectiva das vítimas.

A corrupção é descontada no contracheque, porque o aposentado tem desconto e depois ele paga imposto sobre a integralidade. A ideia de que o pagamento dessas multas vai quebrar as empresas é conversa fiada. São empresas ricas e que lucraram com a corrupção. Precisam pagar o custo dos crimes que cometeram e confessaram.

Atualização: Na versão anterior do texto, publicamos que os funcionários da Previ estavam tendo desconto e isto é incorreto. A Previ enviou uma nota para o blog. Publicamos abaixo:

“A entidade esclarece que seus associados, funcionários e aposentados do Banco do Brasil, nunca fizeram contribuições extraordinárias para cobrir qualquer déficit. Pelo contrário: a Previ teve sucessivos superávits, que permitiram a distribuição de R$ 25 bilhões (em valores da época) na forma de benefícios aos associados entre 2006 e 2013. Os bons resultados são consequência da uma gestão eficiente do patrimônio e de um modelo de governança considerado referência no setor de fundos de pensão. O resultado de 2023 também é superavitário, e será o maior nos últimos dez anos. O balanço será divulgado na próxima semana, em 7/3, em entrevista coletiva”.

https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2024/02/aposentados-das-estatais-sao-as-verdadeiras-vitimas-da-suspensao-das-multas-de-empresas-corruptas.ghtml


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