Beneficiários denunciaram má gestão e fraudes no Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras
26.nov.2023 às 17h00
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O Ministério Público Federal abriu um inquérito para investigar possível omissão da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) na Petros, o bilionário fundo de pensão da Petrobras.
A decisão ocorre seis meses após uma representação feita por um beneficiário, que pedia intervenção na entidade que cuida das aposentadorias privadas dos funcionários da petroleira.
Na representação, participantes, assistidos e pensionistas informaram que vêm pagando altos valores para equacionamento de déficits causados por má administração e fraudes, sem que a Previc, que regula os fundos fechados, tivesse tomado providências.
Funcionários da estatal há tempos questionam medidas da Petros. Em junho, por exemplo, foram à Justiça para que a atual direção revele os termos de um acordo fechado no passado com a Sete Brasil, que causou um prejuízo de R$ 2 bilhão aos futuros aposentados da estatal.
A Sete, controlada pelo FIP Sondas —um fundo de participação que tinha a própria Petrobras como acionista— entrou em recuperação judicial devido a casos de corrupção investigados na Lava Jato e também pela frustração do projeto, muito sensível ao preço do barril do petróleo.
O projeto previa a criação no Brasil de uma indústria de construção naval, especialmente voltada para sondas de exploração de petróleo e gás adquiridas pela Petrobras.
Na ação, os beneficiários da Petros afirmam que houve uma arbitragem travada entre o fundo de pensão dos funcionários e a Sete (FIP Sondas) que resultou em um acordo revelado somente em 2020.
A informação prestada pela administração da Petros foi de que, do total de R$ 2 bilhões a que tinham direito de receber, aceitaram encerrar a arbitragem por R$ 950 milhões.
À época, a Petros disse, via assessoria, que o acordo foi tratado com transparência junto aos participantes, dentro das regras de confidencialidade.
Consultada, a Petros disse que não foi notificada e não quis se manifestar. A Previc não respondeu até a publicação desta reportagem.
Com Paulo Ricardo Martins
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