Porque vou votar nos candidatos independentes


“Um povo que não conhece a sua História está fadado a repeti-la.” (Edmund Burke)


“O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente.” (Lord Acton)


“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” (Albert Einstein)

Não tardou a PETROBRAS concluir que os planos de pensão BD eram um custo muito elevado e imprevisível para a empresa. Portanto, ela foi sempre postergando a solução dos déficits da PETROS ao longo de toda a sua existência. Na época em que os sindicatos não estavam alinhados com o governo, ou melhor não eram o próprio governo, ainda conseguíamos obter alguns acordos razoáveis com a patrocinadora.
A partir do momento que o principal sindicato se confunde com a própria patrocinadora e com o governo, os acordos dos déficits vão sendo cada vez mais desfavoráveis aos participantes e assistidos da PETROS.

Sindicatos que defendiam mais os interesses dos patrões do que dos empregados eram chamados de sindicatos pelegos. Qual é o nome que devemos dar aos sindicatos que dizem representar os empregados e são eles mesmos os próprios patrões, ou pelo menos exercem todas as prerrogativas deles?


Os ativos dos fundos de pensão das estatais sempre foram cobiçados pelos governos de plantão, mas só quando se obtém o poder absoluto: controlar as estatais; controlar os fundos de pensão; as instituições que controlam e fiscalizam esses fundos e os sindicatos destas estatais é que os aposentados e pensionistas podem afirmar que estão no verdadeiro inferno de Dante, aquele inferno que ao entrar você deixa do lado de fora até a última coisa que resta ao ser humano, a esperança.


Os conselheiros eleitos pelos estatutos não têm poder de veto, o tal voto de qualidade é da patrocinadora. Resta exercer, como se diz no meio jurídico, o seu jus sperniandi, o direito de espernear ou o direito de reclamar. Por que nos querem negar até esse mínimo direito? Por que querem o poder total?
Como naquele filme o Feitiço do Tempo o “dia da marmota” que virou uma expressão para descrever aquele sentimento de déjà vu, quando se revive a mesma situação várias e várias vezes. De novo ouço que os fundos de pensão precisam aplicar em infraestrutura para desenvolver o país. Essa é aquela estória do omelete com bacon, sabemos muito bem quem foi o porco. E aí podemos fechar com Albert Einstein, será que tem alguém que espera algo diferente do que já vivemos no passado, que como resultado ficou uma conta impagável?


Por isso e por muito mais, é que vou votar nos candidatos independentes, aqueles que tiveram a coragem e a dignidade de dizer NÃO. Não aos investimentos danosos realizados, não a venda de títulos públicos rentáveis para comprar ações de ITAUSA, INVEPAR, Norte Energia, FIP Sondas e tantos outros micos. Dizer NÃO, àqueles conselheiros eleitos, que ainda estão por aí travestidos de defensores dos participantes da PETROS, que na época não viram nada de anormal e ainda assinavam manifestos apoiando a venda de títulos públicos rentáveis para comprar ações da ITAUSA. NÃO, aos que querem reescrever a história, versão farsesca e mambembe dos métodos totalitários do livro 1984. NÃO, aos que querem nos tutelar, aos que acham que tem o direito de decidir em nosso nome e o que fazer com o nosso dinheiro. Não precisamos mais de Federações nos representando na PETROS, retornem as suas funções básicas, nós temos capacidade e meios de exercer uma democracia direta, fiscalizar a PETROS, exigir mais transparência. Somos centenas, milhares nas redes sociais, trocando informações, ideias, conhecimento, exercendo o contraditório, e partir para uma vigilância mais efetiva na PETROS.

Entre os independentes, voto na chapa Participação e Vigilância, 67 – Sérgio Salgado e Oscar Scotta para o CD e 53 – Rogério Freire e Sérgio Yamashiro para o CF, que no momento têm mais condições de me representar, pelos seus históricos e espíritos combativos e participativos, que tanto necessitamos neste momento.


04/09/2023


Ismar Simões dos Santos