Início da mensagem encaminhada:
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!De: <mdayrellb>
Data: 22 de dezembro de 2018 11:23:04 BRST
Para: “Marcio D Batitucci” <mdayrellb>
Assunto: A Justiça na Torre Pituba”
Está aí, finalmente, o início de uma esperada ação da Justiça, em relação aos desvios e crimes perpetrados pelos PTistas-sindicalistas apóstatas, com os recursos de nosso Fundo Petros, no chamado “Empreendimento Torre Pituba”, em Salvador-Bahia.
Como se lembram, as irregularidades que estavam sendo cometidas nesse Empreendimento, foram por nós encaminhadas em 2012, com base em uma denúncia anônima que recebemos. Lá, já
constava explicitamente a dúvida sobre as condições técnicas, estruturais, financeiras e logísticas da “Construtora Mendes Pinto”, escolhida como “fachada” para conduzir o empreendimento que,
logo, logo, foi repassado para as grandes Construtoras baianas, bem mais “aptas” para operarem o esquema de propinas e de desvios arquitetado pelos gestores envolvidos!….
Apesar de positiva e adequada a atitude e as providências tomadas pelo Conselheiro da Petros, na época, o Sr. Sílvio Sinedino, a quem encaminhamos a denúncia, o mesmo não se pode afirmar dos demais Conselheiros de então, da Petros, que não tomaram qualquer providência em relação ao assunto, como Órgão Colegiado Maior da Gestão da Petros!….
Aqui, cabe uma reflexão :
Por diversas vezes, alguns de nós, participantes Petros, informamos, alertamos e denunciamos aos senhores nossos ”representantes” – os Conselheiros eleitos – várias ações e decisões que estavam sendo implementadas, de modo errado e até criminoso, pelas Direções PTistas-sindicalistas-apóstatas da Petros, com os recursos de nosso Fundo Petros, sem que os mesmos tomassem qualquer atitude para aprofundamento e correção dessas ações !… Citem-se, entre tantos outros, “Operação Itausa”, “ Invepar”, “Sete Brasil”, “Torre Pituba”, “Acordo de Níveis”, etc., etc….
Antes pelo contrário : ao invés de irem atrás e analisarem a propriedade dessas ações – como determinava o escopo de seus mandatos! – em várias oportunidades, foram defensores e escudeiros dessas mesmas Direções comprometidas da Petros e, até, nos classificavam publicamente como “terroristas”, “aloprados”, “sem o que fazer”, e com outros atributos mais graves…
Por essas e outras, CERTAMENTE, é que estamos hoje vivendo o estado de quase falência de nosso Fundo Petros, com um déficit impagável, formado e estruturado por razões e ações de agentes irresponsáveis e, até, criminosos, que NÃO SÃO OS PARTICIPANTES e que está sendo jogado em nossas costas, agora com o desenlace final de nosso PPSP, enterrado na aprovação do famigerado “PP3”, pelo Conselho Deliberativo da Petros !…
E aí : onde estão os maiores culpados por tudo isso que estamos vivendo : os que cometeram os crimes com os nossos recursos, ou os que – desconhecendo a missão de seus mandatos – se OMITIRAM e se CALARAM em relação a tudo que lhes foi informado, por alguns de nós ?
Finalmente, em relação a essa Ação do MP, só estranhamos a não-inclusão, na lista dos denunciados, do sr. José Sérgio Gabrielli, o PT-sindicalista-apóstata que comandou a Petrobras por tantos anos e que, sem qualquer fundamentação técnica, administrativa ou operacional, transferiu para a Bahia vários serviços essenciais da Sede Empresa, simplesmente como “álibi” para justificar a construção dessa excrescência chamada “Torre Pituba”! ….
Márcio Dayrell Batitucci Wagner Paulino
Participantes Petros
Três ex-presidentes da Petros e mais 39 são denunciados na Lava Jato
Portal Paraná / Redação e Assessoria
21 de dezembro de 2018, 17:1321 de dezembro de 2018
(Foto: Lucas Tavares / Folhapress)
A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF) denunciou, nesta sexta-feira (21), 42 pessoas envolvidas num esquema criminoso relativo à construção da sede da Petrobras em Salvador (BA), conhecida como Torre Pituba.
O empreendimento em questão foi alvo da deflagração da 56.ª fase da Lava Jato. Entre os crimes desta denúncia estão: corrupção, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, desvios de recursos de instituição financeira (Petros) e organização criminosa. As investigações apontaram que as contratações fraudulentas e pagamentos de vantagens indevidas no esquema se estendeu de 2009 a 2016.
Entre os denunciados estão os três ex-presidentes da Petros, Wagner Pinheiro de Oliveira; Luís Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa; além de Newton Carneiro da Cunha, ex-diretor administrativo e diretor financeiro e de Investimento da Petros; Armando Ramos Tripodi, ex-chefe de gabinete da presidência da Petrobras e ex-integrante suplente do Conselho Deliberativo da Petros; Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras; e os funcionários da estatal, Carlos Alberto Ribeiro de Figueiredo, Antônio Sérgio Oliveira Santana e Gilson Alves de Souza.
Também foram acusados os executivos da Odebrecht e colaboradores, Marcelo Bahia Odebrecht, Paul Elie Altit, Djean Vasconcelos Cruz, Rogério Santos de Araújo e André Vital Pessoa de Melo. Ainda são denunciados os empresários da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, ex-presidente; César Araújo Mata Pires Filho, ex-vice-presidente; Agenor Franklin Magalhães Medeiros; Manuel Ribeiro Filho; Elmar Juan Passos Varjão; José Nogueira Filho; André Luiz Bastos Petitinga e Washington dos Santos Cavalcante. Além desses, foram acusados os empregados do setor de geração e distribuição de propina da OAS, conhecida como “Área de Projetos Estruturados´´, e que fecharam acordo de colaboração, José Ricardo Nogueira Breghirolli; Mateus Coutinho de Sá Oliveira; José Maria Linhares Neto; Roberto Souza Cunha; Ramilton Lima Machado Júnior; Adriano Santana Quadros de Andrade e Marcelo Thadeu da Silva Neto.
Constam na denúncia ainda os nomes ligados à Mendes Pinto Engenharia, empresa que gerenciava a obra da Torre Pituba, Mario Seabra Suarez, Alexandre Andrade Suarez, Rodrigo de Aráujo Silva Barretto, e Marcos Felipe Mendes Pinto; e Irani Rossini de Souza, responsável pela Chibasa Projetos de Engenharia, empresa responsável pelo projeto de engenharia da construção; além de André Pereira de Freitas Sá e Francisco Alberto da Mota Santos, da Mota Arquitetos (AFA), que lidava com o projeto de arquitetura.
No núcleo de operadores foram denunciados Valdemir Flávio Pereira Garreta, marqueteiro ligado ao PT e William Ali Chaim; João Vaccari Neto e Marice Correa de Lima; David Arazi e Márcia Mileguir.
Como funcionava o esquema
Os dirigentes da Petrobras e da Petros conceberam o empreendimento Torre Pituba para abrigar a sede da estatal petrolífera em Salvador. A Petros se comprometeu a realizar a obra e a Petrobras a alugar o edifício por 30 anos (construção na modalidade “built to suit”). De acordo com as investigações, no esquema ilícito montado desde o início, Petrobras e Petros formaram grupos de trabalho nos quais seus integrantes, em conluio com outros dirigentes da estatal e do fundo de pensão, em troca de vantagens indevidas, passaram a fraudar os procedimentos seletivos para a contratação da empresa gerenciadora da obra (Mendes Pinto Engenharia), das responsáveis pelo projeto arquitetura e de engenharia executivo (AFA e Chibasa Projetos de Engenharia) e das empreiteiras que ficaram responsáveis pela obra – OAS e Odebrecht, que participaram por meio da Edificações Itaigara (uma sociedade de propósito específico – SPE). A primeira detinha 50,1% e a segunda, 49,9% de participação no empreendimento.
A investigação evidenciou que, para a contratação das empreiteiras, foram acionadas outras duas empresas (Carioca e Engeform) integrantes do cartel que atuava na Petrobras para apresentar propostas-cobertura no procedimento seletivo.
Com o avanço das investigações foram identificados dois esquemas simultâneos de pagamentos de propinas (também relatados por colaboradores) realizados pelas empreiteiras OAS e Odebrecht entre 2011 e 2016.
De um lado, os executivos da OAS acertaram e distribuíram vantagens indevidas em percentuais de 7% a 9% do valor da obra. Os montantes foram pagos, em espécie e por meio de contrato fictício, aos dirigentes da empresa gerenciadora Mendes Pinto para que fossem repassados aos agentes públicos da Petrobras e aos dirigentes da Petros. Os pagamentos ocorriam em hotéis em São Paulo, na sede da OAS e em outros endereços já identificados e eram organizados pelos integrantes da “área de propinas” da OAS, por ordem dos dirigentes máximos dessa empreiteira.
Além do montante de 7%, mais 1% do valor da obra da Torre Pituba foi destinado ao Partido dos Trabalhadores (PT) em repasses organizados pelo “setor de propinas” da empreiteira OAS e entregues, em espécie, por meio de Marice Correa, pessoa interposta do tesoureiro do partido, João Vaccari, ou diretamente ao PT, por meio de doações partidárias ao Diretório Nacional. Outros valores expressivos foram destinados ao então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, por meio de contrato simulado com sua empresa, a D3TM.
Além disso, valores significativos foram repassados ao então presidente da Petros, Luís Carlos Fernandes Afonso, mediante entregas em espécie realizadas por meio de William Ali Chaim que atuava para Valdemir Garreta, marqueteiro do PT, o qual por sua vez atendia o comandos de Léo Pinheiro, da OAS, bem como por meio de depósitos no exterior em conta de empresa offshore controlada por esse dirigente máximo da Petros, com a intermediação do mesmo publicitário do partido. Dessa mesma referida offshore, Luís Carlos Fernandes ainda repassava parte dos valores para outra conta no exterior, de propriedade de outro ex-presidente da Petros, Carlos Fernando Costa.
Simultaneamente, os executivos da Odebrecht se comprometeram a distribuir vantagens indevidas no percentual de 7% do valor da obra. Os montantes foram repassados por meio de contratos fictícios com duas empresas controladas por dirigentes da gerenciadora Mendes Pinto, para o atendimento de seus “compromissos institucionais” com os agentes públicos da Petrobras e dirigentes da Petros.
Ainda de acordo com a investigação, pagamentos em espécie foram dirigidos ao PT por meio de Valdemir Garreta e operacionalizados pelo “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht, a área da empreiteira responsável pela distribuição de caixa 2 para o pagamento de vantagens indevidas. Assim como a OAS, também a Odebrecht efetuou o pagamento de propinas ao diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, por meio de transferências para conta no exterior de offshore controlada pelo operador David Arazi e Márcia Mileguir, que atuavam para a empreiteira e que podia ser movimentada pelo executivo da empresa, Rogério Santos de Araújo, além de outros repasses a serem ainda rastreados.
Gestão fraudulenta
Além dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, mencionados acima, importante destacar a gestão fraudulenta da instituição financeira Petros, praticada pelos três ex-presidentes do Fundo, Wagner Pinheiro de Oliveira, Luís Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa, além de Newton Carneiro da Cunha, ex-diretor administrativo e diretor financeiro e de Investimento da Petros. Os referidos dirigentes incorreram na prática ilícita ao desviarem recursos do fundo de pensão em benefício próprio e de outros envolvidos no esquema, bem como aprovaram a contratação direcionada das empresas mencionadas nas irregularidades, causando prejuízo milionário aos cofres da Petros, bem como aos cofres da Petrobras que se comprometeu a alugar o imóvel com base no valor do empreendimento que foi superfaturado conforme a prova reunida.
Pedidos
Na denúncia apresentada o MPF pede o perdimento do produto e proveito dos crimes no montante de R$ 150.930.132,91, correspondente ao dano já calculado causado a Petros, com repercussão sobre o comprometimento financeiro no aluguel da Torre Pituba pela Petrobras. O montante da propina rastreado até o momento já atinge mais de R$ 67,2 milhões
Para a procuradora Regional da República Isabel Groba Vieira, integrante da força-tarefa Lava Jato do MPF/PR, “os atos revelaram um gigantesco esquema de pagamento de propinas e de desvio de recursos que afetou não apenas a Petrobras mas também milhares que pessoas que colocaram suas economias na Petros. Esses crimes significam uma afronta à sociedade, comprometendo gravemente a confiabilidade daqueles que investiram no fundo de pensão´´.
Descubra mais sobre Intelligentsia Discrepantes
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.