Petros confessa nos autos que déficit apurado não levou em consideração dívidas da patrocinadora
“Caso os valores supostamente atribuídos à Patrocinadora sejam pagos haverá, provavelmente, um impacto financeiro positivo no caixa do plano em questão, e dessa forma, o equacionamento previsto poderá ser revisto e as contribuições extraordinárias eliminadas.”
Então, por que a Petros equacionou pelo máximo?
Naqueles autos, reconhece a Petros, portanto, que haverá diminuição do valor das cobranças extraordinárias que serão pagas pelos participantes nos próximos 18 anos, caso as patrocinadoras cumpram com as suas obrigações perante o Fundo, tal como denunciaram as associações autoras.
Acompanhe o Processo No 0247034-86.2017.8.19.0001
A Fenaspe e co-autoras obtiveram importante conquista ao obterem em uma de suas ações a confissão expressa da Petros como, verdadeiro fato e documento novos, razão pela qual junta aos autos documentos novos, destinados a fazer prova.
Este fato, confirma que o tempo está sendo um aliado para o magistrado, formar convicção e, conceder uma liminar convencido que há o “periculum in mora” e o “fumus boni iuris”. Assim, se estendemos e ampliamos as liminares, estamos, com o reconhecimento da justiça, fortalecendo o argumento à Petros, Petrobras, Previc, ao Congresso e à sociedade da necessidade de intermediar com os reguladores (Ministério da Fazenda, SEST, AGU, PREVIC) uma saída negociada. As liminares são o melhor instrumento de pressão de que dispomos.
A estratégia apresentada pelas entidades de representação dos participantes do PPSP estão confluindo para várias frentes bem delineadas, o que estimula a busca do consenso em com as propostas alternativas ao PED.
Investimentos Temerários – AMBEP
Dívidas das Patrocinadoras – FNP e outros
Cisão de Massas – GDPAPE (Ação sobre a Separação de Massas” – fase atual, que se revela na prova pericial; dos Agravos de Instrumento e da Liminar e, Inquérito Civil – Procuradoria Geral da República – possibilidade de transferência para o Ministério Público Estadual; nova denúncia sobre o TAC Previc-Petros;
Equacionamento pelo Mínimo – FUP/FNP/GDPAPE/AMBEP e outros
AMEAÇAS E FORÇAS
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AMEAÇAS
- GT
A Petrobras lança plano CD e impõe condições leoninas, como retirada de ações na justiça.
- FÓRUM
Não chega a um consenso e serve de justificativas à patrocinadora e à Previc, para aprovação do plano CD.
- JUSTIÇA
Liminares cassadas em segunda instância e entrada da Previc no polo passivo de ações contra o PED, transferindo as ações para a Justiça Federal.
- GT
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FORÇAS
- GT
Nenhuma ou baixa adesão ao Plano CD
- FÓRUM
Exigir equacionamento pelo mínimo e Acordo de Dívidas
- GT
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- JUSTIÇA
Reforço de argumentos de que déficit apurado não levou em consideração dívidas da patrocinadora e impugnação do Plano CD por litigância de má-fé. Ampliação de liminares e busca por perícia.
- JUSTIÇA
A ÚNICA ALTERNATIVA
Neste cenário, de fim de governo e com a falta de transparência de Petros e Petrobras, talvez, seja recomendado avaliar a seguinte estratégia:
- AVANÇAR E ESTENDER AS LIMINARES;
- IMPEDIR NA JUSTIÇA A IMPLANTAÇÃO DO NOVO PLANO;
- JUDICIALIZAR A FALTA DE TRANSPARÊNCIA E O PLENO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES;
- REFORÇAR JUDICIALMENTE NECESSIDADE DE PERÍCIA;
O objetivo estratégico não é aguardar 20 ou 30 anos para ter um desfecho na justiça, e sim, estendendo e ampliando as liminares demonstrar cabalmente à Petrobras e ao próximo governo a necessidade de uma solução negociada. Atualmente a Portus, Refer e o Postalis estão com intensa articulação no Congresso para forçar os Órgãos Executivos a sentarem à mesa para buscar uma solução negociada. Este é o objetivo estratégico.
Quando o magistrado concede uma liminar precisa estar convencido que há o “periculum in mora” e o “fumus boni iuris”. Assim, se estendemos e ampliamos as liminares, estamos, com o reconhecimento da justiça, fortalecendo o argumento à Petros, Petrobras, Previc, ao Congresso e à sociedade da necessidade de intermediar com os reguladores (Ministério da Fazenda, SEST, AGU, PREVIC) uma saída negociada. As liminares são o melhor instrumento de pressão de que dispomos.