Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (30), uma operação, denominada Bandeira Suja, para combater o furto e a venda de gasolina da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por uma organização criminosa com ramificação interestadual.
De acordo com informações do Ministério Público de Minas Gerais, até o momento 11 pessoas foram presas suspeitas de furto a refinaria, em Minas Gerais, São Paulo e Bahia.
A estimativa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) é que 40 mil litros de gasolina (sem mistura) estavam sendo furtados por semana. O prejuízo estimado à Petrobras é de aproximadamente R$ 2,5 milhões.
Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, sendo 14 em Minas Gerais, e seis em São Paulo, além de 10 mandados de prisão (oito em MG e dois em SP). As investigações começaram em março deste ano pelo MPMG.
Segundo o Gaeco, a organização criminosa furtava a gasolina da Regap por meio de dutos que foram estrategicamente instalados. O combustível era, então, armazenado em caminhões-tanque e transportado para o Sul de Minas Gerais, sendo vendido posteriormente por uma rede de postos nas cidades de São Lourenço, Pouso Alegre e Elói Mendes.
O Promotor de Justiça Luiz Felipe Cheib fala da operação “a operação foi iniciada pelo Gaeco, com investigação em um período total de cinco meses, em que nós conseguimos identificar o furto direto de combustível da Refinaria Gabriel Passos, em Betim até as cidades do Sul de Minas onde eram distribuídos em uma rede de postos sem bandeira. Vão ser denunciados agora pela prática de organização criminosa e pela pratica de furto e sonegação fiscal” ressalta.
De acordo com o Gaeco, estão sendo apreendidos veículos de luxo, caminhões utilizados no transporte do combustível furtado e uma aeronave, cujo valor é de aproximadamente R$ 1 milhão.
O foco do Procon-MG é a qualidade do combustível vendido nos postos onde a gasolina furtada era comercializada e o possível prejuízo causado aos demais postos de combustíveis situados em. Já a Receita Estadual investigará a questão da sonegação de impostos.
Além do Gaeco local, a operação conta com a participação das Polícias Civil e Militar de Minas Gerais e apoio dos Gaecos de São Paulo e da Bahia.
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