Diretor da Funcef se defende em rede social

SÃO PAULO – O diretor da Funcef, Antônio Augusto de Miranda, usou o Facebook para se defender da acusação de ter coagido subordinados no fundo de pensão da Caixa a contribuir para sua campanha de reeleição para a diretoria da fundação. Ele é um dos três diretores eleitos pelos funcionários, integrantes da chapa Controle e Resultado, reconduzida por quatro anos em abril.

Segundo reportagem do Valor, a ex-funcionária Cilesia Gonçalves de Lima, demitida em maio, move ação trabalhista contra a Funcef por assédio moral e relata, entre outros supostos abusos, que Miranda teria coagido os subordinados de sua diretoria a fazer contribuições mensais para financiar a campanha de reeleição da chapa. Os valores das contribuições teriam sido definidos de acordo com o cargo dos funcionários e eram depositados na conta de um gerente da Funcef. A ex-funcionária anexou comprovantes ao processo.

A reportagem telefonou para o gabinete de Miranda por três dias consecutivos e não conseguiu conversar com o diretor, apesar da indicação de que seria atendida.

Ontem, Miranda usou sua conta no Facebook para divulgar uma nota, em que não fala diretamente sobre as acusações, justificando que o processo agora corre sob segredo de Justiça. “Reafirmo meu compromisso com a ética e a integridade, valores que me acompanham ao longo da minha vida e da minha trajetória profissional de quase 30 anos na Caixa”, escreveu. Ele diz também ter registrado um boletim de ocorrência na data de ontem para que seja aberto um inquérito policial para investigar o caso. “(…) informo que as medidas judiciais cabíveis, nas esferas trabalhista, civil e criminal já estão sendo adotadas, visando o amplo e completo esclarecimento dos supostos fatos noticiados na matéria, bem como as devidas responsabilizações, se for assim entendido pelo Judiciário.”

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