A insensibilidade social de Pedro Parente também atingiu os participantes da Petros

A insensibilidade social do tecnocrata Pedro Parente em não amortecer os preços de paridade internacional dos derivados de petróleo, por algum critério que amenizasse os picos especulativos do petróleo e do câmbio, evitando a sua internalização imediata na estrutura de preços no mercado nacional, gerou um movimento de pressão social com graves reflexos econômicos e políticos, raiando a convulsão social.

Importou e transferiu para a sociedade a especulação com reajustes diários. Ficou insustentável a sua permanência, ainda mais em um ano eleitoral e, pediu para sair.

Hoje, os principais jornais do país noticiam que a Petrobras rediscutirá com o governo a política de reajuste diário, alongando a periodicidade, desde que não perca a paridade internacional e, com mecanismos de proteção contra a importação direta pelos distribuidores, quando o preço internacional estiver abaixo do vigente no Brasil.

Como se depreende, por pressão social, o governo e a Petrobras foram compelidos a buscar uma forma mais justa, alterando leis, editando decretos e ajustando mecanismos de controle, para atender a um clamor social.

Este mesmo arrogante tecnocrata Pedro Parente, como presidente da maior patrocinadora e responsável pelas nomeações de presidente e diretores do fundo de pensão Petros, impingiu aos 80.000 participantes do maior plano de benefícios, o PPSP, a mesma insensibilidade social ao equacionar o déficit técnico atuarial pelo valor máximo de 2015, corrigindo pela meta atuarial de 2016 e 2017, elevando de 16 para 28 bilhões de reais o montante a ser rateado, incluindo parcelas de dívidas de obrigação exclusiva das patrocinadoras e, investimentos alvos de investigação, para serem rateados pelos participantes, que tiveram seus benefícios diminuídos em até 40%.

Esta é uma questão que também tem de ser revista para buscar uma forma mais justa e reparadora das injustiças cometidas. Há uma insensibilidade social explícita que não respeitou os critérios mínimos legais e nem a responsabilidade jurídica a quem deu causa a parcelas desse déficit.

A questão que se apresenta é: Como exercer a pressão social na Petrobras e no governo para que se sensibilizem que esta também é uma injustiça praticada pelo Sr. Pedro Parente, que acarreta prejuízos incomensuráveis há milhares de famílias, com contornos dramáticos de casos extremos de depressão, enfartes e suicídios.

Nossas ações na justiça deveriam ressaltar agora este viés que caracteriza o mesmo “modus operandi” de simplesmente transferir para a outra parte, a mais fraca, a totalidade dos efeitos de sua ganância por resultados econômicos, sem nenhuma sensibilidade social que atenuem as necessidades de correção, por critérios econômicos justos e socialmente corretos.

Deveríamos sensibilizar os legisladores, o ministério público, a nova presidência da Petrobras, os sindicatos e a sociedade que há excessos que ainda precisam ser reparados pela ganância econômica e insensibilidade social do tecnocrata Pedro Parente.

Abdo Gavinho
Matrícula Petros:280109