Minas e Energia afirma que política de preços da Petrobras está mantida
Manoel Ventura01/06/18 – 19h01
Posto da Petrobrás no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro – Márcio Alves/Agência O Globo/25-07-2017
BRASÍLIA — O Ministério de Minas e Energia informou ter iniciado nesta sexta-feira as discussões para a criação de um mecanismo de “proteção ao consumidor final” para o preço dos combustíveis, com o objetivo de amortecer os impactos cambiais e as oscilações dos valores do petróleo no mercado internacional. Em nota, a pasta afirma que a política de preços da Petrobras da Petrobras está mantida.
“A política de liberdade de preços da Petrobras, assim como das demais empresas de petróleo que atuam no país, é uma política de Governo. A Petrobras teve e tem total autonomia para definir sua própria política de preços”, diz a nota do ministério.
“O que o Ministério de Minas e Energia colocou em debate público visa a criação para o país de uma política de amortecimento dos preços dos combustíveis ao consumidor, um mecanismo que proteja o consumidor da volatilidade dos preços dos combustíveis nas bombas. Algo fora da política de preços da Petrobras”, acrescenta o texto.
O ministro Moreira Franco negou, ao GLOBO, que tenha pressionado pela saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras.
— Eu não pressionei, o Eduardo Guardia (ministro da Fazenda) não pressionou, e o presidente Temer não pressionou. Câmara e Senado deram cascudos. Mas essa conta não é do governo — disse o ministro.
A discussão desse “mecanismo de proteção ao consumidor final” foi iniciada nesta sexta-feira, entre técnicos do ministério da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Uma nova reunião está agendada para segunda feira, com a participação de técnicos do Ministério da Fazenda.
“Essa política de proteção terá que preservar a atual prática de preços de mercado para o produtor e importador, o que é tido pela atual administração como um ponto fundamental para a atração de investimentos para o setor. Vai trazer previsibilidade e segurança ao consumidor e ao investidor”, diz a nota do ministério.