Fundos de pensão de olho na delação de Leo Pinheiro

Entre o medo e a expectativa

Por Gabriel Mascarenhas
access_time 30 maio 2018, 06h32

Léo Pinheiro, executivo da OAS, é preso pela Polícia Federal durante operação Greenfield e faz exame de corpo delito no IML de Curitiba

Negociações avançadas (Vagner Rosário/VEJA.com)

Os fundos de pensão e os investigadores que identificaram bilhões em desvios das gavetas dos servidores de empresas públicas estão acompanhando com especial atenção as negociações entre Leo Pinheiro, da OAS, e o Ministério Público.

Ele está prestes a assinar os termos de sua delação premiada.

E, por acaso, os gestores dos fundos andam com medo de aparecer nos anexos do empresário? Também, mas isso é o que atrai a os olhos da banda podre.

A expectativa dos gestores passa pela possibilidade de, após a delação, a OAS partir para um acordo de leniência com os procuradores, a exemplo do que já fez com o Cade.

Vale lembrar, além da Lava-Jato, a empreiteira brilhou na Operação Greenfield, que investiga as maracutaias nos fundos de pensão.

Ou seja, se vier a leniência, a turma que gere o dinheiro dos servidores e aposentados vítimas de desfalques da OAS vão se mexer na tentativa de garantir um quinhão para ressarcir seus caixas, mesmo sabendo que a empresa já desembolsou 240 milhões num outro acordo, que não é leniência, firmado com a procuradoria da República do Distrito Federal.

https://veja.abril.com.br/blog/radar/fundos-de-pensao-de-olho-na-delacao-de-leo-pinheiro/