Porto do Açu quer ter sua própria refinaria

Sócio belga pretende elevar sua fatia no empreendimento em São João da Barra

Bruno Rosa20/05/18 – 04h30
x36235294_ECSao-Joao-da-BarraRJ24-07-2009-Visita-do-Ministro-Pedro-Brito-Ministro-Chefe-da-Sec.jpg.pagespeed.ic.BGz0CJ1B9d.jpgEC – São João da Barra ( RJ ) 24/07/2009 Visita do Ministro Pedro Brito, Ministro Chefe da Secretaria Especial de Portos e Eike Batista, Presidente da EBX as obras do Super Porto do Açú. Foto : Marcelo Piu / Agência O Globo – Marcelo Piu / Marcelo Piu / Agência O Globo

RIO – O Porto do Açu, principal empreendimento privado do Rio de Janeiro na área portuária, localizado na cidade de São João da Barra, no Norte do Estado, quer ter sua própria refinaria de petróleo, que pode gerar bilhões de reais em novos investimentos. A busca já começou e conta com o apoio de seu principal sócio, o Porto de Antuérpia, na Bélgica, que já investiu US$ 10 milhões no projeto, e quer elevar sua participação, hoje de apenas 1,76%.

LEIA MAIS: Privatização das quatro refinarias da Petrobras deve ser concluída até 2019, diz Parente

CONFIRA: Imposto é o maior obstáculo da economia brasileira

A ideia do Porto do Açu nasceu na década passada pelas mãos do empresário Eike Batista. O Açu pertencia à LLX. Com a derrocada de Eike, a LLX se transformou em Prumo Logística, controlada pela americana EIG.

Em entrevista ao GLOBO, José Magela, presidente da Prumo Logística, e Marc Van Peel, presidente do Conselho de Administração do Porto de Antuérpia Internacional, dizem que a expansão do Açu vai começar pela indústria relacionada ao setor de óleo e gás. O Porto do Açu conta hoje com 11 empresas em operação. São 90 quilômetros quadrados de área industrial integrada. Desse espaço, 80 quilômetros quadrados estão livres.

— O Açu tem potencial. Vamos fazer todos os esforços para tentar atrair outras indústrias. Vamos começar pelas refinarias — disse Peel.

Magela lembrou que a ideia de atrair uma refinaria ocorre em um momento em que a Petrobras está justamente desinvestindo no segmento, o que pode atrair novos investidores.

— A indústria de óleo e gás está entrando em uma nova fase. Imagina o investimento que vai vir com o desenvolvimento das novas áreas da Bacia de Campos. O Açu está em frente a essa área.

Ele destacou, no entanto, a concorrência com o Comperj, em Itaboraí:

— O Comperj é complementar e vai preencher apenas parte da demanda por combustíveis.

https://oglobo.globo.com/economia/porto-do-acu-quer-ter-sua-propria-refinaria-22699486