A venda da Invepar, dona da concessão do aeroporto de Guarulhos, esbarra em um empréstimo de cerca de R$ 1 bilhão tomado pela companhia do fundo Mubadala, que vence no final deste ano. Aparentemente, não se trata de um problema, mas um tempero nas contas dos poucos interessados na concessionária. O compromisso também mantém o fundo na mesa de negociações, já que foi assumido como parte da transação de venda da empresa. O acordo de exclusividade do Mubadala para levar a Invepar terminou em março e não foi renovado, mas o interesse permanece.
Banho-maria. As conversas com a CCR, que entrou no páreo pelo ativo, também não andam. Além de a ideia de valor apresentado não ter agradado as partes, pesa a citação da CCR em uma das delações da Lava Jato. Os fundos de pensão Previ (do BB), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa), que têm uma participação acionária de 75% na Invepar, estariam reticentes sobre o negócio. Especialmente, porque os 25% restantes já vem da OAS, um dos grandes alvos da Lava Jato, e que passaram para os credores no processo de recuperação judicial do grupo. Procurados, Invepar e Mubadala não comentaram.