FMI vai priorizar investigações de corrupção
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um novo modelo para atuação no qual irá ampliar análises sobre casos de corrupção em vários países e os efeitos negativos nas economias. "Nós sabemos que a corrupção é economicamente perniciosa, minando a capacidade dos países de proporcionar um crescimento econômico inclusivo e sustentável", afirmou Christine Lagarde, diretora-gerente do órgão.
De acordo com ela, os casos de corrupção levam a um declínio de investimentos e no crescimento do PIB que a instituição verifica com frequência. "Nossos resultados também mostram que a corrupção e a má governança estão associadas a maior desigualdade e a menor crescimento inclusivo."
Na visão do FMI, a corrupção cria dificuldades na capacidade dos governos para tributar e distorce os gastos para investimentos valiosos em áreas como saúde, educação e energia. "Nós sabemos que isso funciona como um imposto sobre o investimento", continuou Lagarde. "Também sabemos que a corrupção faz com que os jovens invistam pouco em educação porque progredir dependeria de quem você conhece e não do que sabe."
A expectativa é a de que as análises do Fundo comecem a sair em julho deste ano. De acordo com Lagarde, a melhor maneira de combater a corrupção envolve a criação de "instituições fortes, transparentes e responsáveis". O FMI pretende apresentar recomendações de políticas específicas como resposta aos problemas.