Fundos de pensão têm rentabilidade de 11,36% em 2017, diz Abrapp

Por Juliana Schincariol | Valor

Rio – A carteira consolidada dos fundos pensão teve rentabilidade de 11,36% no ano passado, ante taxa de juros padrão – indicador que baliza a meta atuarial das fundações – de 8,86%, informou a Abrapp, associação que representa o setor.

Do total dos R$ 804,8 bilhões alocados pelos fundos de pensão, 73,6% estão em renda fixa – fatia que representava 59,8% do total em 2010. A renda variável representa 17,7% dos investimentos, ante 32,5% sete anos atrás.

O déficit do sistema reduziu para R$ 33,7 bilhões, ante R$ 71,7 bilhões em 2016. O resultado, segundo o presidente da entidade Luís Ricardo Martins, é reflexo da boa rentabilidade e também dos planos de equacionamentos de déficits em fundações como a Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras). “À luz dos equacionamentos em 2017 e movimento do mercado financeiro, que ainda pegou carona nos títulos públicos, os números foram favoráveis e mostram que os movimentos foram acertados”, afirmou.

Ontem, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) informou que os fundos de pensão reduziram em R$ 34,5 bilhões o déficit acumulado em 2017. Assim, o saldo negativo das entidades fechou o ano passado em R$ 36,1 bilhões em um total de 75 fundações. Um ano antes, havia sido de R$ 70,6 bilhões.

Para Martins, da Abrapp, o aumento do risco pelas fundações deve acontecer pelos fundos multimercados e no investimento no exterior, mas com a volatilidade esperada para o ano eleitoral, o movimento deve ter maior força a partir de 2019. “O investimento no exterior é uma grande alternativa, mas [o aumento da alocação] não deve ser expressivo este ano”, disse.

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