12.04.2018 11h39
Autor do pedido de criação da CPI dos Fundos de Pensão que em 2016 aprovou relatório final sugerindo ao Ministério Público o indiciamento de 353 pessoas e empresas envolvidas nas fraudes, o deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) afirmou nesta quinta-feira (12) que a Operação Rizoma da Polícia Federal mostra que o trabalho desenvolvido pela comissão de inquérito vêm dando uma série de frutos e aos poucos os investigadores da Lava Jato estão conseguindo prender os responsáveis pelo esquema de corrupção instalado nestas entidades.
“A CPI apurou um prejuízo de R$ 113,4 bilhões com a desvalorização de ativos dos quatro maiores fundos de pensão do país (Postalis, Funcef, Petros e Previ) no período de 2011 a 2015. Somente no Postalis, que é alvo da operação de hoje, o rombo foi de R$ 4,1 bilhões. Petros e Funcef acumularam prejuízos de R$ 22,3 bilhões e R$ 18,1 bilhões, respectivamente. Felizmente agora parte desses recursos começam a ser recuperados e os responsáveis pela corrupção estão sendo presos e denunciados à Justiça”, afirmou o parlamentar.
Desde a manhã desta quinta-feira agentes da Polícia Federal estão nas ruas para cumprir 10 mandados de prisão e realizar buscas e apreensão no âmbito da investigação que apura fraudes nos fundos de pensão Postalis, dos Correios, e Serpros, da empresa pública de tecnologia da informação (Serpro). São alvos dos mandados o lobista Milton Lyra, apontado como operador de políticos do PMDB; Marcelo Sereno, ex-assessor de José Dirceu e ex-secretário nacional de comunicação do PT; e Arthur Pinheiro Machado, que recebeu aportes financeiros dos fundos, por meio a empresa Nova Bolsa.
Para Rubens Bueno, está claro que a destruição dos fundos de pensão é resultado da ação criminosa de indicados pelo PT e pelo MDB para gerir os órgãos nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “Já está mais do que comprovado, inclusive nas investigações da operação Lava Jato, que parte do dinheiro desviado dos fundos de pensão foi usado para abastecer o caixa do PT e de partidos aliados. Que venham outras operações”, defendeu o deputado.
O parlamentar lembra ainda que no caso do Postalis a má gestão e a responsabilidade da direção pelo rombo de mais de 4 bilhões já haviam sido identificadas não só pela CPI, mas pelo Tribunal de Contas da União, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. “No entanto, as ações demoraram para acontecer. Deixaram as raposas cuidando do galinheiro e não há dúvidas que isso provocou mais prejuízo”, lamentou Bueno.
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