TCU coloca a Petros para correr atrás do rombo

A Petros está revirando suas vísceras e levantando dados que comprovariam o envolvimento de ex-dirigentes em operações irregulares e desvios de recursos do caixa da entidade. Segundo o RR apurou, a fundação enviou recentemente ao Ministério Público Federal relatórios internos que apontam para a participação de dois antigos executivos em fraudes relacionadas aos aportes na Sete Brasil.

Fonte: Relatório Reservado

 

Como já alertamos aqui a Petros encontrou uma solução confortável para os administradores não comprometerem suas biografias e seus currículos e, com extrema insensibilidade, disseminaram o desespero em centena de milhares de participantes e familiares, ao equacionar pelo VALOR MÁXIMO de R$22,6 bilhões e atualizado para a data estimada de implementação do plano de equacionamento (final de 2017), com base na meta atuarial (inflação + taxa de juros), assim, o déficit do PPSP a ser equacionado foi corrigido para R$ 27,7 bilhões.

Nós os participantes, nos tornamos por 24 meses (2016-2017) o maior e melhor investimento da Petros, rendendo líquido e certo a meta atuarial. E assim, de largada vamos acrescentar ao patrimônio da Petros R$11,6 bilhões (R$27,7 – R$16,1 bilhões).

Assim, não terão que se empenharem, com a urgência que se requer, em buscar uma série de reparações na justiça de investimentos temerários, de ex-gestores que não cumpriram seu dever de ofício e, também, com dívidas de patrocinadoras. Foi mais cômodo para a PREVIC e a PETROS equacionar TUDO, DE 2015 a 2017, DE UMA SÓ VEZ NOS PARTICIPANTES DA PETROS.

Mas, com as denúncias que fizemos em 2015, com depoimento de Sérgio Salgado na CPI dos Fundos de Pensão e também protocolada no TCU, em 21/03/2018 foi determinado à Petros, Petrobras e Previc que:

Ao Conselho Deliberativo da Petros, caso ainda não o tenha feito, que:
9.1.1.1 em até 90 (noventa) dias, avalie e quantifique os prejuízos decorrentes de tais
investimentos e identifique os responsáveis pelos atos ou omissões que lhes deram causa;
9.1.1.2 envie à Previc, em até 30 dias após o término dessas apurações, os relatórios com os
resultados das investigações;
9.1.2. à Petrobras que:
9.1.2.1 supervisione e fiscalize a apuração das responsabilidades e quantificação dos prejuízos
a ser realizada pela Petros no item 9.1.1.1;
9.1.2.2 envie ao TCU, em até 30 dias após o término das investigações por parte da Petros,
relatório com avaliação das apurações realizadas;
9.1.3. à Previc, que envie ao TCU, em até 90 (noventa) dias após o recebimento dos relatórios
da Petros, relatório referente às apurações, contendo avaliação conclusiva das apurações
realizadas pelo fundo no item 9.1.1.1;

Assim, faz todo o sentido concluir que a notícia de hoje no Relatório Reservado, de que a Petros está revirando suas vísceras e levantando dados que comprovariam o envolvimento de ex-dirigentes em operações irregulares e desvios de recursos do caixa da entidade, tem a origem em nossa denúncias de 2015 que envolviam Grupo Galileo, FIDC Trendbank, na aquisição de ações da empresa Lupatech e na aquisição de ações da Itaúsa ON junto à Camargo Corrêa S.A,

Acreditamos que este processo no TCU deverá ser importante para consubstanciar a ação da Ambep, que é a única entidade que busca na justiça reparação dos investimentos temerários.

Assim torna-se imperioso que a Ambep se habilite como assistente de acusação do MPF na Operação Greenfield, para ter acesso, colaborar e usar este vasto material em ações acessórias de ressarcimentos e punição aos gestores que nos causaram imensos danos e prejuízos.