Funcef reduz meta atuarial e mais de R$ 6 bi devem ser supridos
A meta atuarial é a rentabilidade mínima da entidade para que ela consiga honrar seus compromissos
Por Pedro Carvalho
access_time 26 dez 2017, 19h00
Funcef é o fundo de previdência dos empregados da Caixa Econômica Federal (Daniel Teixeira/AE/VEJA)
Passou quase despercebido. No fim da tarde da última sexta-feira (22), a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) reduziu a meta atuarial de 5,5% para 4,5% em 2018. Trocando em miúdos, isso significa dizer que, em ano eleitoral, a entidade terá uma rentabilidade mínima menor para honrar seus compromissos.
A meta foi reduzida mesmo após os quatro planos de benefícios da fundação terem encerrado o terceiro trimestre deste ano com rentabilidade acima do esperado.
Há quem acredite que a redução é uma manobra para dar mais conforto aos gestores do fundo de pensão da Caixa, que se comprometerão com uma rentabilidade menor, cada vez mais próxima da oferecida pelos títulos públicos.
A zona de conforto, porém, tem um custo. Mais de 6,6 bilhões de reais em reservas precisarão ser compensados. Esse valor pode sair do bolso dos participantes dos fundos de pensão.
https://veja.abril.com.br/blog/radar/funcef-reduz-meta-atuarial-e-mais-de-r-6-bi-devem-ser-supridos/