Walter Mendes, presidente da Petros, diz que a fundação dos funcionários da Petrobras também deve receber as ações da Vale no começo do ano e vai definir o que fazer com elas, mas a tendência é diminuir a participação com o tempo. “O mais importante é ter o papel na mão, pois do jeito que estava, a participação estava presa em várias empresas e nós não tínhamos como vender se precisássemos”, explicou.
Ele diz que a fundação também não pretende mais participar dos blocos de controle das empresas onde investe e também não deve ter conselheiros próprios participando das empresas, inclusive na Vale. “Hoje já não participamos dos conselhos de 70% das empresas em que investimos e pretendemos chegar a 100% em breve”, disse. Segundo ele, a Petros poderá indicar conselheiros independentes para representa-la. “Mas não teremos executivos da Petros nos conselhos”, diz.
O motivo é evitar eventuais conflitos de interesses. “Notamos quando assumimos a fundação que vários investimentos haviam subido muito, registrado fortes ganhos, mas mesmo assim não foram vendidas como seria normal no mercado”, diz. A resposta era que os executivos da Petros que trabalhavam como conselheiros não queriam perder a remuneração nos conselhos dessas empresas. Outro fator é o uso dos conselhos como forma de obter remuneração adicional.
Descubra mais sobre Intelligentsia Discrepantes
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.