Petros tem prejuízo de R$ 2 bi com venda de ações da Itausa para fundo de empregados da Ambev

O fundo de pensão dos empregados da Petrobrás (Petros) teve um prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões com a venda de sua participação de 15,3% de capital ordinário na Itausa (a holding do banco Itaú Unibanco. A estimativa é de Sérgio Salgado, pensionista e ex-conselheiro fiscal da Petros. Quem comprou ontem as 432 milhões de ações ON da Itausa, por R$ 4,5 bilhões, foi a Fundação Antonio e Helena Zerrener – que é uma das maiores acionistas da Ambeb, com 10,2% de participação acionária. Em leilão na B3, cada ação ITSA3 saiu por R$ 10,50 por ação.

O fim da relação entre Petros e Itausa é o capítulo derradeiro do aparelhamento promovido pela Era Lula-Dilma nos principais fundos de pensão de “estatais”. Aposentados e pensionistas cansam de denunciar ao Ministério Público Federal – sem que nada aconteça – uma séria de desmandos e manipulações que provocaram prejuízos bilionários à Fundação Petrobrás de Seguridade Social. A Petros acabou de ser derrotada pela Petrobras em uma ação de arbitragem em que pedia R$ 318 milhões em ressarcimento por prejuízos no Projeto Sondas, da empresa Sete Brasil (em recuperação judicial).

A fundação compradora, que leva o nome dos fundadores da cervejaria Antártica, tem um patrimônio de R$ 37 bilhões. A entidade deverá ocupar um assento no Conselho de Administração da Itausa. O posto deve ser assumido por Victorio De Marchi, co-chairman da Ambev e um dos diretores executivos da Fundação Antonio e Helena Zerrener – cuja missão é fornecer educação e saúde aos funcionários da Ambev. A Itausa tem 37,4% do capital do Itaú Unibanco – uma sociedade com as famílias Villela, Setúbal e Moreira Salles.

A Petros tem R$ 28 bilhões de rombos para equacionar, como fruto da gestão petralha com modelagem capimunista. Até agora, quem está arcando com o prejuízo são seus aposentados e pensionistas. Os rombos são estimados em várias operações da Petros, além do caso Itausa: Lupatech (R$ 700 milhões), Dasa (R$ 260 milhões), Brasil Pharma (R$ 500 milhões), Oi/Telemar (R$ 600 milhões), Totvs (R$ 450 milhões), Br Properties (R$ 200 milhões), Rumo (R$ 800 milhões), Marcopolo (R$ 160 milhões).

O curioso e escandaloso é que tudo de errado está relatado no relatório final da CPI dos Fundos de Pensão da Câmara dos Deputados. Tudo foi entregue ao Ministério Público Federal. Por que nada acontece até agora? Só pode ser porque, no Capimunismo Tupiniquim, o Crime Institucionalizado fala mais alto, na maioria esmagadora dos casos… Por isso, a delinqüência generalizada nunca cessa…

http://www.alertatotal.net/2017/12/petros-tem-prejuizo-de-r-2-bi-com-venda.html