Caros participantes, boa tarde!!!
Não vou fazer uma resposta técnica, pois considero o que já escrevi na mensagem que originou a resposta do conselheiro, o suficiente e sem nenhuma colocação absurda da minha parte, inclusive a informação correta do amigo que se prontificou a colaborar com sua informação. Ao contrário, faltou, da parte desse conselheiro, maior objetividade ao que coloquei. Ele se focou em fazer um texto político/partidário/panfletário e usou alguns trechos da minha mensagem para rebater partes fora do contexto correto.
Vou fazer a resposta que ele merece.
Em relação à mensagem com críticas que enviei sobre a apresentação de um dos conselheiros, o portalwww.discrepantes.com.br acabou indiretamente envolvido e da forma errada para variar. Pedi desculpas, tanto a ele quanto aos participantes, conforme abaixo. Há somente um detalhe, só errei, desta vez, de destinatário, pois o endereço continua no mesmo lugar. Como havia mais pressa em sanar meus erros perante os destinatários da resposta do conselheiro, fiz a primeira mensagem, logo cedo a eles e, só agora,passo a responder a seguinte.
A resposta dada pelo/s conselheiro/s é complexa, misturando dados não questionados com informações técnicas, algumas relevantes para o pessoal que esteve sempre afastado do problema Petros e muita politicalha desnecessária. Faltou porém didática, principalmente para atender aos participantes que só agora têm tomado conhecimento real dos nossos problemas. O conselheiro está mais preocupado comigo que com os participantes, continua faltando transparência.
Em primeiro lugar, tenho milhares de documentos, pois sou um grande cavador de provas documentais que possam nos servir e delas faço distribuição a quem pedir ou precisar, NÃO AS ESCONDO, ou não preciso que me implorem para obtê-las, é só pedir. ISSO NÃO É FAVOR, MAS CONSIDERO COMO DEVER, COMO OBRIGAÇÃO E COMO FORMA TRANSPARENTE DE AJUDAR NA INFORMAÇÃO A QUEM PRECISA. Como suplente no Conselho Fiscal, recebíamos os documentos pertinentes às reuniões. Foi através desses documentos, enviados ao Domingos Saboya, que ele detonou, com sua análise, a operação Itaúsa. A outra metade desses documentos foi obtida através do Brandão que, em ocasião de reuniões coincidentes no RJ, entregou um HD abarrotado de arquivos, muitos dos quais ainda não foram recuperados, para que eu os garimpasse e daí os arquivasse comigo.
Se o conselheiro estivesse preocupado em ler a informação colhida através do documento da Tendências (repassado pelo Brandão), não teria perdido tempo em falar sobre aquilo que não está explicado em nosso texto e que não tem o menor interesse para o nosso problema. Minha informação está correta, não há o que nela reparar. O conselheiro é que se perdeu ao tentar atirar e acertar no que não viu. Resultado, não só não viu, como não acertou.
Também não há qualquer crítica, tanto em nossa mensagem, quanto nas dos participantes das dezenas de grupos sociais que se formaram, à rejeição do balanço da Petros por longos 14 anos pelo CF que esse conselheiro avoca a si e por isso grita que é RESPONSABILIDADE.
A dúvida em todos é se responsabilidade não é mais que isso. Minha certeza, ela vai muito além disso.
Qual o resultado prático que essa negativa à aprovação das contas resultou ao fundo, a não ser termos sidos atingidos por um absurdo equacionamento de R$ 28 bilhões? Se os gestores da fundação ou o conselho deliberativo continuarem na mesma toada (e vai continuar, ao menos é esse o nosso horizonte neste momento), teremos contas rejeitadas pelos próximos 14 anos. Qual a ideia dos conselheiros para isso, continuar dizendo que novamente recusamos as contas? Isso é mesmo RESPONSABILIDADE? Tem certeza?
O conselheiro não disse absolutamente nada de novo na questão de investimentos. Aliás, o pouco que disse ainda ficou muito a dever. Quem acompanhou nossas discussões a partir de 2011 quando explodiu a questão Itaúsa e verificamos que o problema era mais profundo e ia muito além desse ativo, sabe perfeitamente, que não houve qualquer tomada de posição da parte dos conselheiros. As mensagens que temos e os artigos, bem como vídeos que eles publicavam e que também guardo, provam perfeitamente o que aqui afirmamos, somente quando o problema também foi trazido pela mídia (mídia que cansamos de enviar informes e documentos) e que não dava mais para não ver é que assumiram de fato o problema.
A colagem sobre os investimentos que fiz, foi de valores trazidos pela gerência de investimentos em determinado momento, 2016, atualizado a 2017. Nela está claro, ao menos entendi assim pois me considero macaco velho, que os prejuízos apurados ali são muito mais ligados ao que interessa aos gestores. Há muito mais coisa, é só relembrar as centenas de mensagens já enviadas sobre isso e que ali não são mostradas. A colagem feita serviu para apontar informações não dadas no arquivo da apresentação.
Não sei, ou nosso grupo não sabe, de tudo mas, o pouco que sei/sabe, e já é muito, sempre foi tornado público, denunciado em todas as instâncias. Foi graças a essas denúncias que já chegamos a muitas conclusões. Fôssemos esperar pelos conselheiros, certamente, a coisa estaria pior. Eles pegaram no tranco, na chacoalhada das denúncias e foram obrigados a levar a sério o problema.
Enquanto isso só éramos terroristas. Há várias informações deles afirmando que estava tudo tranquilo, que ninguém se preocupasse, que nosso plano ia durar trocentos anos, consultem o blog dos conselheiros e terão noção do que aqui afirmo.
Não tenho interesse em participar de reunião em que só tenho dúvidas e só há espaço para a palavra do expositor. Pior ainda quando essa palavra não quer reconhecer que houve o erro na aprovação da operação Itaúsa, ainda que involuntariamente num primeiro momento. Ao ser prevenido da operação fraudulenta e continuar a defender a operação, o erro passou a ser voluntário. Precisou que essa atual gestão da Petros apontasse o que ocorreu (parece que o Wálter Mendes leu a análise do Saboya e antes de dizer não, foi investigar e chegou à mesma conclusão), que a Previc aceitasse nossa denúncia e aplicasse multas em dois autores, que a Greenfield abrisse investigação, para que isso não fosse questionado/negado pelos conselheiros (ainda continua não sendo muito bem engolido por eles). Até a gestão do Jäger há diversas mensagens do conselheiro que desqualificavam nossas descobertas, porém sem nunca as responder com dados.
Incompetência em nosso contexto tem sinônimos não publicáveis, passíveis de ações judiciais. Quando só podia dizer que eram incompetentes, pois não tenho nenhuma entidade a me garantir com advogados, eu dizia. A partir das denúncias e das incriminações, passei a usar expressões corretas, onde cabem. Na dúvida continuam “incompetentes”. Tergiversar sobre isso é falta de coisa melhor para fazer. Porém nosso grupo jamais defendeu ou elogiou gestores envolvidos em nossos prejuízos, como fizeram ao desqualificar nosso Abaixo Assinado para retirar a diretoria do Henrique Jäger, sugerindo que a permanência desse incompetente não causava dano ao plano.
Até onde sei, dívidas são dívidas e contas são contas, leia com atenção o que expliquei sobre isso, incluindo família, real, limite dos 90% etc..
Não quis afirmar que tanto o acordo de níveis quanto as ações de níveis tinham valores semelhantes de R$ 4 bi cada, total de 8 bi, como confirma o conselheiro agora, apesar de ter afirmado isso em outras oportunidades, trazendo esses valores, determinados lá atrás, via índices de correção. Desculpa novamente (gosto de pedir desculpas para evitar mal entendidos posteriores) mas isso não são dívidas, são contas que se não cobradas viram dívidas. As ações estão com mérito definido e, em todas, elas, a Petrobrás é solidária, só falta cobrar, antes que vire dívida. A mesma coisa ocorre no acordo, porém aqui vai ser duro ter retorno e vai virar dívida INCOBRÁVEL.
A confusão do artigo 48 é enorme e sua explicação abaixo não ajuda em nada, falta didática. Vai continuar gerando dúvidas perante todos. A questão vai além e vocês parecem não entender, há dezenas de advogados correndo atrás dessas ações e usando argumentos indefensáveis que vai nos atrapalhar, considerando que a maioria dos participantes não têm noção do problema e vendem gato por lebre.
Esta, em relação à questão do artigo 48 mas sem nenhuma ligação com o assunto em pauta, a não ser o discurso inconsequente, precisa ser colada para responder como se deve, me desculpem todos: “… Segundo por que os antigos aliados do autor do texto estiveram à frente da Petros ao longo dos últimos 14 anos e foram eles que deixaram de cobrar essas dívidas”.
Novamente ele usa o recurso cafajeste de dizer algo que não está em discussão e que não está meu passado. Já fez isso quando quis escapar da responsabilidade sobre a operação Itaúsa.
Para quem não conhece minha história: sou aposentado da RPBC e sempre fui ativista, certamente há muitos que vão receber esta mensagem e terão a oportunidade de confirmar ou desmentir. Aposentado, fiz como todos, infelizmente digo agora, fui passear em minha praia, viajar com minha esposa e viver da minha aposentadoria, legitimamente paga no tempo devido (ainda continuo pagando). Em 1997, começou a estourar os problemas da Petros, que resultaram na proposta de migração, o chamado PPV. Newton Carneiro e o PCC me trouxeram para dentro do problema, onde estou até hoje. Participei de reuniões da cut, da fup, da articulação sindical. Minha visão já era o problema da Petros que passei a enxergar gradativamente. Nesse momento só brigávamos contra as propostas de correção do plano pelo método heterodoxo da correção via estatuto/regulamento. Não havia ainda a questão hoje plenamente conhecida do desvio do nosso patrimônio, não nessa profundidade. Ainda assim, nossa união se deu até o início de 2003, após darmos aval ao Newton Carneiro, que veio nos “pedir”, a mim e ao Rivaldo Ramos, na véspera do natal de 2002, esse apoio para assumir o cargo de Secretário Geral da Petros (nesse momento o Newton Gavião ainda não tinha formação superior, não podia ser diretor). Nós o apoiamos condicionalmente a que o cargo jamais seria dele, mas dos participantes, ou seja, se ele nos traísse, saía fora e indicávamos outro. Claro que não deu certo, perdemos todos. Não venham nos dizer que fomos inocentes. Chamar alguém de companheiro, a mim significa que jamais levarei tiro pelas costas. Eu o chamava de companheiro e fui obrigado a rever essa posição, logo no início de 2003, quando aquilo que defendíamos até o ano anterior, só mudou de nome e a fome de cargos altamente remunerados começou a surgir.
Estávamos todos na mesma diretoria do Sindipetro LP, sindipetro de luta naqueles áureos tempos, não de discursos. Ficamos às turras de 2003 a 2007 e assim que tivemos a oportunidade da eleição para nova diretoria. Detonamos a CUT e a FUP em assembleia histórica em que debati com o coordenador da CUT naquele momento, que era o Antônio Carlos Spis, a expulsão deles todos. Fomos o segundo sindipetro a fazer isso, o primeiro foi o de SJC, do Ademir. Sem querer desmerecer o trabalho do Ademir, o nosso teve uma importância enorme naquele momento.
Fomos as lideranças que criaram a Frente Nacional de Petroleiros, a FNP, contra a vontade dos sindipetros do seu PSTU e do Sindipetro RJ, que preferiram ficar na zona de conforto dentro da FUP, quando desqualificamos o Confup que se realizou em SP em 2007. Esses sindipetros não quiseram nos ouvir. Preferiram participar daquele Congresso. No congresso, ao perceberem que seriam atropelados no voto com a aprovação da questão da repactuação, tiraram o time de campo e, a partir daí, veio a FNP. Hoje, dominada pelo PSTU virou a filial da FUP.
O que vale mais, lutar junto quando o alvo é o mesmo ou viver às turras, com discursos políticos partidários de pseudo oposição? A nossa diferença para eles é que ficamos juntos e quando a companhia não mais nos serviu, pedimos licença e fomos construir novo caminho.
Agora, meu caro conselheiro, diga aqui qual o seu caminho? Você conseguiu montar chapa no seu sindipetro e derrubar a cut e a fup juntas? Não, não é mesmo, em todas as vezes (não foi uma só não) que tentou foi sonoramente derrotado.
Alguma vez, a partir de 2003, você me viu defender a união com a FUP, seja onde for? Claro que não, no entanto, vira e mexe, fruto da sua incompetência e da sua fraqueza, pede que haja união com a FUP, nossa visceral inimiga e desdenha de alguém que tem história de oposição, somente porque não lhe dá chance de fazer discursos fracos e mentirosos e cobra suas incoerências. Ciúme de homem faz mal, meu caro.
Continuo sim, amigo de todo mundo, não quero desencarnar carregando qualquer inimizade do meu lado. Do outro lado é problema dele. Se vai adiantar se afirmar meu inimigo não tenho nada a ver com isso. Se precisar de mim, do meu sangue, da minha ajuda, certamente a terá.
De mais a mais, se eles não cobraram as dívidas que vocês cantam em prosa e verso, o que vocês fizeram até agora? TAMBÉM NÃO COBRARAM e agora vivem discursando e pedindo que se cobre, MAS QUE PUTA RESPONSABILIDADE NÃO É MESMO??????
Mas eles cobraram e ganharam metadinha, não foi o que o conselheiro afirmou sobre o AOR? – ponto para eles???
Sua resposta sobre o AOR, não me causa dúvida, pois dela já sabia por ter essa documentação. Não levanto essa dúvida, levanto a questão que que está colocada sobre valores e sobre a intuição que eu e outros já tivemos, a discussão leva para a aceitação de novo AOR, quando este não nos serviu. Não sabemos o que temos e afirmar que faz parte do patrimônio é demais para mim. Ao que nos consta, trocaram títulos federais, NTN-B´s por barris de petróleo e/ou gás a um preço X. Nós não temos barris, pois eles estão marcados a preço daquele instante da troca efetivada e, se lá na frente, valer mais teremos menos e se valer menos teremos mais, ou seja, a grana será a mesma. Vamos ter certamente prejuízo da falta de oportunidade como sempre.
Nós temos problemas por conta do AOR e, em todas as mensagens que já encaminhei sobre o assunto, cobreisempre a picaretagem da fup, vendendo terreno no céu. Aliás há uma observação feita no contrato e até agora ninguém cobrou, resposta à pergunta 24 feita e respondida pela FUP. Afinal, na situação em que nos encontramos, esse contrato não permite executar a garantia?
Em relação ao seu primeiro parágrafo, continuo não sendo candidato a nada, mas contrário à manutenção da eternidade ou da perenidade. Vocês são críticos dos governos, mas aprenderam exatamente com eles (ou será que é ao contrário, eles aprenderam com vocês?), se críticas existem é porque os interessados nelas têm interesses eleitorais e aí vocês se perpetuam, Você é mesmo uma gracinha.
O que nos cansa é afirmar que ações foram feitas, dela nada sabemos, mas sabemos que o prejuízo será por 18 anos e de R$ 28 bilhões.
Sérgio Salgado
ET – Senhor conselheiro, a informação aberta existe no portal www.discrepantes.com.br, sua crítica ao portal está fora da realidade. Quando o assunto é do interesse do participante, ele é distribuído, incluindo matérias dos conselheiros. Os conselheiros têm seu blog (fui eu que sugeri sua construção quando era suplente, não esqueça disso), não estamos preocupados em suas matérias ali colocadas, mas que elas venham embasadas, documentadas. Atas importantes das decisões e que não afetam a questão da confidencialidade negocial da fundação deveriam ser disponibilizadas OBRIGATORIAMENTE, inclusive as da Diretoria Executiva. Isso sim é transparência. Porém lá vocês só colocam o que lhes interessa e poucas são as vezes em que há abertura para a inserção do contraponto