RIO – Em reunião com os sindicatos nesta sexta-feira (10), para uma nova rodada de negociações do acordo coletivo, a Petrobras recuou e manteve alguns dos benefícios que pretendia cortar no início das conversas com os petroleiros.
A estatal manteve em 1,73% a proposta de reajuste salarial apresentada a representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional de Petroleiros (FNP). A petroleira propôs, ainda, vigência de dois anos para o acordo coletivo. A Petrobras informou que sua expectativa é concluir as negociações “o quanto antes”.
Sem chegar a um consenso com os petroleiros, a companhia postergou até o próximo dia 30 a data de vigência do atual acordo — que vencia, inicialmente, hoje. A petroleira estima que, caso a proposta seja aprovada e assinada até dia 21, o pagamento aos empregados do reajuste retroativo a setembro será feito no próximo dia 30.
Pela nova proposta apresentada, a Petrobras voltou atrás e manteve o Programa Jovem Universitário e a Gratificação de Campo Terrestre de Produção e o Adicional do Estado do Amazonas (reajustando-os pelo mesmo índice de 1,73%). Inicialmente, a companhia havia proposto extinguir esses benefícios.
A Petrobras também revisou sua proposta de remuneração de horas extras. A ideia é remunerar as horas realizadas além da jornada diária com acréscimo de 75%, ao invés dos 100% praticados atualmente pela empresa. Na primeira proposta, a estatal oferecia aos trabalhadores uma redução da hora extra para 50%.
A companhia também manteve a opção de redução de jornada de trabalho com redução proporcional de remuneração, incluindo a possibilidade de os empregados que atuam no regime administrativo flexível ou fixo optarem pela redução de cinco para quatro dias trabalhados por semana. A redução opcional de jornada de 8h para 6h continuará sendo oferecida aos trabalhadores do regime administrativo com horário flexível.