Os três maiores fundos de pensão do País, que tem “pelo menos” R$ 13 bilhões investidos em ações da Petrobrás, estão muito próximos de aderirem ao processo coletivo que o escritório Modesto Carvalhosa Advogados está movendo contra a empresa na Câmara Arbitral de Mercado, da B3, em nome dos acionistas minoritários. O processo, protocolado pelo escritório no dia 22 de setembro último, pede indenização por prejuízos sofridos pelos minoritários em virtude de informações incorretas divulgadas nos balanços e comunicados da estatal entre os anos 2010 e 2015.
Conforme nota divulgada com exclusividade por InvestidorOnline de 28 de setembro último, o embasamento do processo é o mesmo usado por escritórios americanos que representaram investidores minoritários daquele país na corte de Nova York contra a Petrobras. Foram abertos 27 processos de investidores americanos em ADRs, dos quais 20 já conseguiram firmar acordo com a estatal.
Segundo um dos investidores que aderiu ao processo no Brasil, as negociações com os fundos de pensão estão muito próximas de um desfecho positivo. As áreas técnicas da Previ, Petros e Funcef já teriam dado seu aval para a adesão mas a palavra final depende de uma decisão das diretorias dessas fundações. “Acredito que elas vão aderir, até porque em caso contrário poderiam ser acusadas pelos participantes de quebra do seu dever fiduciário”, explicou esse investidor.
De acordo com ele, as informações disponibilizadas pelas áreas técnicas seriam de que a Previ teria “pelo menos” R$ 5 bilhões em ações da Petrobras, a Petros “pelo menos” outros R$ 5 bilhões e a Funcef “pelo menos” mais R$ 3 bilhões. Os investimentos dessas três grandes fundações na Petrobras, que somariam “pelo menos” R$ 13 bilhões, superariam os R$ 10 bilhões em investimentos dos outros minoritários que já aderiram ao processo.
Já fazem parte do processo brasileiro contra a Petrobras cerca de 200 investidores pessoas físicas, 23 fundos de investimento, alguns dos quais estrangeiros, e outras 20 family-offices. Se a adesão das três fundações for confirmada, o processo contra a estatal no Brasil somaria investimentos de pelo menos R$ 23 bilhões, incluindo os R$ 10 bilhões do grupo inicial e os R$ 13 bilhões das três fundações estatais. Não há, ainda, cálculos dos valores de indenização que devem ser solicitados à estatal na Câmara Arbitral. Uma das fundações, a Petros, procurada por InvestidorOnline para falar sobre o assunto, não se pronunciou até o fechamento desta nota.
http://www.investidorinstitucional.com.br/index.php/br/investidoronline/31591-previ-petros-e-funcef-perto-de-aderirem-ao-processo-coletivo-contra-a-petrobras.html
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