Ex-gerente da Petrobras diz a Moro que não consegue devolver dinheiro de propina

O ex-gerente da Petrobras Demarco Jorge Epifânio informou ao juiz Sérgio Moro que não está conseguindo realizar a operação bancária para devolver os US$ 188.512,51 que estão na conta Cotiguara Internacional, no Credicorp Bank, no Panamá.

O valor é parte da propina recebida por Demarco em esquemas de corrupção e deve ser depositado na conta da Justiça Federal no Paraná.

No documento a Moro, os advogados do ex-gerente explicam que vários bancos brasileiros não autorizam a operação – uma compensação de um cheque administrativo – "por ordem da gerência".

A defesa destaca, ainda, que "todas instituições não emitem nenhum documento com a negativa, simplesmente dizem que não vão fazer".

Diante dessas alegadas negativas, os advogados de Demarco pedem que Moro envie ofício à Caixa Econômica Federal determinando a realização do depósito do cheque administrativo para o pagamento do valor.

Demarco Jorge Epifânio é ex-gerente da área Internacional da Petrobras e é investigado em processo no âmbito da Lava Jato que apura esquema de corrupção envolvendo a contratação de navios sondas para a estatal.
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