Paulo Roberto Costa transferiu para Cingapura subordinado que impunha dificuldades à Sargeant Marine
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras (Foto: Helia Scheppa/JC Imagem/AE)
O primeiro passo para a Sargeant Marine, fornecedora de asfalto, ingressar no universo bilionário de negócios da Petrobras foi descolar um padrinho político. De acordo com o empresário Jorge Luz, o decano dos lobistas que agiam na estatal, a função coube a Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal e ex-líder do governo do PT na Câmara, que se prontificou para a tarefa em troca de propina.
Ainda assim, narrou Luz, a empresa enfrentou resistência interna para fechar contratos. O lobista apontou o funcionário Sillas Olavo Filho, subordinado de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento, como o principal entrave. Luz, que representava os interesses da Sargeant Marine, reclamou da situação numa reunião da qual participaram Costa e Vaccarezza. De acordo com o lobista, o cenário mudou para a empresa de asfato após Costa transferir Olavo Filho para Cingapura.
As informações de Luz foram usadas pelos investigadores para respaldar as operações Abate e Abate II, os mais recentes desdobramentos da Lava Jato e que têm entre outros alvos Vaccarezza e o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz.
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