INVEPAR enquanto capitaliza R$ 1 bilhão dos fundos de pensão, aumenta remuneração da diretoria em 185%. Farra com nosso dinheiro.

EM MEIO À CRISE, INVEPAR AUMENTA A REMUNERAÇÃO DOS DIRETORES EM 185%
Enquanto a Invepar acumula prejuízos, a remuneração anual da diretoria holding saltou de R$3,861 milhões em 2016 para R$11 milhões em 2017.
As diretorias das subsidiárias e coligadas também foram agraciadas, com seus ganhos saltando de R$9,384 milhões para R$16,329 milhões, um régio aumento de 74%.
A rubrica responsável pelo aumento está bem identificada nas demonstrações financeiras do grupo: Participação nos resultados/Bônus variáveis.
Já para os sócios da companhia – Petros, Funcef, Previ e credores da OAS – a participação nos resultados tem sido negativa. Afogada em dívidas, a Invepar teve que se desfazer de um de seus ativos mais importantes, perdendo um naco substancial de seu valor de mercado. Ao que tudo indica não foi suficiente: correm boatos de que a holding vai chamar os sócios para um encorpado aporte de capital, na esperança de postergar o colapso do grupo.
Os aposentados da Funcef e Petros, que já contribuem ou vão contribuir em breve para o equacionamento de um déficit para o qual o mau desempenho da Invepar contribuiu, apreciariam que alguém solucionasse esse paradoxo. E que os livrassem do mal de colocar mais uma vez dinheiro bom em negócio ruim, amém.
 

Capitalização da Invepar gera reações contrárias na Petros

As tratativas para um novo aporte de capital da trinca Previ, Funcef e Petros na Invepar enfrentam forte resistência no fundo de pensão da Petrobras.

Consta que a capitalização da Invepar poderá superar R$ 1 bilhão, boa parte saindo do caixa das três fundações, donas de 75% da holding de concessões de transporte.

Na avaliação de conselheiros da Petros, não é o momento para o fundo tampar os buracos financeiros da companhia.

Até o fim do ano, funcionários e aposentados do Sistema Petrobras terão de pagar uma taxa extra sobre suas contribuições para cobrir as perdas do PPSP, o principal plano da Petros. O déficit acumulado chega a R$ 28 bilhões.

Esse prejuízo já foi para a conta. No momento, a preocupação de conselheiros e beneficiários da fundação é evitar um novo plano de equacionamento para os próximos anos. Até porque, sob a ótica dos participantes do plano, não há razão que justifique uma nova transfusão de recursos para uma companhia que perdeu R$ 2 bilhões, caso da Invepar.

Do lado da Petros, as gestões para o possível novo aporte estariam sendo conduzidas diretamente pelo presidente, Walter Mendes.

Além de Previ e Funcef, as conversas envolvem ainda os bancos e bondholders credores da Invepar, a OAS, e o Mubadala, que já fez uma oferta para ficar com a participação da empreiteira no capital da holding de infraestrutura.

 

RELATÓRIO DE DESEMPENHO FINANCEIRO – Vide página 27