NOTA DE FALECIMENTO DO EX-DIRETOR MAURÍCIO ALVARENGA

Tomei conhecimento a pouco, através de uma amigo e ex-colega da Companhia, do falecimento do ex-Diretor Maurício Alvarenga, cujo velório será realizado hoje, à tarde, no Memorial do Carmo, no Cajuru.
O Maurício Alvarenga, em 2007, capitaneou um manifesto de componentes do Grupo 1 da Companhia e de colegas que exerceram funções que, embora não classificadas como do Grupo 1, tiveram destaque, contra a Repactuação do Plano Petros, conforme abaixo.
Que sua alma encontre a paz e o Senhor da Vida conforte seus familiares.

Wagner Paulino

 

MANIFESTO DE EX-DIRIGENTES DA PETROBRÁS CONTRA A REPACTUAÇÃO ATINGE 136 ASSINATURAS (28/02/07)

POR QUE NÃO IREMOS REPACTUAR

Porque durante muitos anos trabalhamos numa empresa que nos proporcionou realização profissional, técnica e motivacional. Escalamos degraus funcionais, dentro dos critérios de mérito e competência, o que nos obrigou a ter uma visão estratégica da empresa e da sua inserção no mercado de petróleo e energia, nacional e mundial. Acima de tudo, aprendemos a admirar e a respeitar esta que se tornou a maior empresa brasileira, reconhecida internacionalmente como uma das mais competentes do mundo.

Colaborar com a sua evolução e a conquista dessa competência resultou num ganho enorme para o nosso País, criou em nós um respeito e um amor muito profundos pela Petrobrás. Partilhamos com outros companheiros da mística que criou em nós um espírito de corpo e um orgulho enorme por trabalhar nesta empresa. Este orgulho se espalhou por todos os escalões criando uma empatia e uma motivação profunda, resultando numa sinergia gerada pela união que nos impregnava a todos. O resultado disto foi esta empresa magnífica.

Por estes e outros fatos, vemos com muita preocupação os últimos acontecimentos que vêm pondo em risco todo esse processo de construção da Companhia. Terceirização, exportação de petróleo (o mais estratégico dos insumos energéticos) e o alto percentual de ações da Petrobrás vendidas no exterior, podem levar a uma descaracterização dos objetivos da criação da nossa grande empresa. Mas, ainda mais preocupante, é o processo de deterioração e de quebra da confiança recíproca que sempre existiu entre a empresa e seus empregados. Para isto, muito tem contribuído esse processo de repactuação iniciado no ano passado e reaberto agora, depois de os dirigentes da Petrobrás terem empenhado sua palavra de que ele estava encerrado. Mais grave ainda é a forma como o processo vem sendo conduzido: informações contraditórias sobre um déficit que não se sustenta; ameaça infundada de cobrar aumento de contribuição para cobrir o suposto déficit; não cumprimento dos compromissos financeiros da Petrobrás para com a Petros e a não cobrança dessa dívida por parte da direção da Petros.

Todo esse processo de desinformação e intimidação está levando a uma fragmentação e desmonte do corpo técnico da empresa, que sempre foi um dos principais alicerces do seu crescimento. Como se sente hoje o empregado antigo que vê os aposentados serem tratados com tanto desrespeito e desconsideração? Como se sente um empregado novo a quem é negado, ao arrepio da lei, o direito de ingressar no único plano de previdência complementar em vigor? É preocupante, pois o clima organizacional está se deteriorando perigosamente.

O Plano Petros foi criado para ser um dos principais pilares da política de Recursos Humanos da Petrobrás. Foi assim que ela criou e preservou a sua competência tecnológica. Se forem implantados a repactuação e o Plano Petros 2, sendo este de Contribuição Definida, a Petrobrás estará sendo levada à condição de treinadora de técnicos para as empresas estrangeiras que estão vindo por conta dos perniciosos leilões de áreas petrolíferas, como já vem acontecendo.

Perdendo o Plano Petros, um dos principais aglutinadores dos técnicos da empresa, haverá a quebra da sua estrutura tecnológica, já em processo de corrosão com a avassaladora terceirização, e a perda do sustentáculo da sua competência: o Plano Petros BD.

Como empregados que vestiam a camisa e gerenciaram o desenvolvimento sustentado da nossa querida empresa, não nos permitiremos apoiar um processo que pode levá-la a perder substância, capacitação e competência.

Conclamamos os atuais dirigentes que reflitam e revejam esse processo que, além de tudo, irá, se levado a cabo, fragmentar o corpo técnico em vários segmentos: aposentados, ativos, novos, repactuados, não repactuados, participantes do Petros BD, participantes do Petros 2. Não será dessa categoria fragmentada que a Petrobrás poderá tirar os meios para manter a sua competência. Nós, antigos dirigentes e gerentes, não vamos colaborar com este desmonte da Petrobrás. Lembramos que ela pertence aos brasileiros e foi fruto do maior movimento cívico desse País. Não se pode enfraquecer uma empresa de tamanho valor e de tanta importância estratégica para o Brasil.

Por todas estas razões conclamamos, ainda, para que você NÃO REPACTUE. SE JÁ O FEZ, DESREPACTUE.

Assinatura e tempo de Petrobrás (verso):

Maurício Alvarenga

ex-diretor da Petrobrás e ex-vice presidente da Petrobrás Distribuidora(34 anos).

Yvan Barretto

ex-diretor da Petrobrás e da Petros e Conselheiro Eleito da Petros. (42 anos)

Orphila Lima dos Santos

ex-diretor da Petrobrás e ex-presidente da Petros. (38 anos)

Salvador Ielo Filho

ex-chefe do Gabinete da Presidência da Petrobrás (38 anos).

Aldo Zucca

ex-superintendente do DEPIN. (36 anos)

Heitor de Moura Estevão

ex-superintendente do SEGEN. (34 anos)

Wagner Paulino

ex-superintendente de Produção da REDUC e da REGAP. (30 anos)

Fernando Avelar

ex-diretor da Petrobrás Distribuidora. (25 anos)

Carlos Accioli

ex-diretor da Petrofértil. (34 anos)

Pedro Carvalho

ex-chefe adjunto do SEPROD (27 anos).

Walter Villela

ex-superintendente do SEORG (39 anos).

Porthos Lima

ex-superintendente do DECOM (18 anos).

Elzo Mirahi

ex-chefe do Empreendimento de Dutos da Bacia de Campos (30 anos).

Adalberto Santos

ex-vice-presidente da Petrofértil (24 anos).

Renato Pilotto

ex-chefe de Gabinete da Presidência da Petrobrás (35 anos).

Carlos Aguiar Teixeira

ex-diretor da Petrobrás(33 anos).

Noel de Almeida

ex-chefe adjunto do SEGEN (16 anos).

Artur Cassiano

ex-superintendente da RPBC. (34 anos)

Ricardo Maranhão

ex-assessor da Presidência da Petrobrás. (26 anos)

Paulo Lima Câmara

ex-presidente da Petroflex. (35 anos)

Carlos Sezinho de Santa rosa

ex-chefe de Gabinete de diretor. (32 anos)

Ivo Ribeiro

ex-diretor de Petroquisa. (32 anos)

Walter Formosinho

ex-chefe de Gabinete da Presidência da Petrobrás. (38 anos)

Lucas Joffly

ex-presidente da Petros. (38 anos)

Bruno Costa Soares

ex-diretor da Petrofértil. (35 anos)

Raul Bozzano

ex-diretor da Petroflex. (38 anos)

Augusto César Guerreiro Lima

ex-diretor-superintendente CPC. (36 anos)

Luiz Mário de Souza

ex-diretor Petroflex. (36 anos)

Lourival Rosário Neto

ex-chefe da DITEL. (20 anos)

Tomás Pelosi

ex-diretor da Petros. (34 anos)

Paulo Teixeira Brandão

ex-diretor da Petros. (35 anos)

Antonio Seabra Moggi

ex-superintendente do CENPES e ex-vice-presidente da BRASPETRO. (32 anos)

Irio Augusto Paes Leme

ex-chefe de gabinete da Presidência da Petrobrás e ex-chefe do ESPAL e do ESSAL. (27 anos)

Joel Dantas Filho

ex-assistente do chefe do SEGEN. (22 anos)

Nival Ricardo Marinho

ex-superintendente da RPBa. (34 anos)

Gilvan Couceiro de Amorim

ex-superintendente da RPBa e RPNS. (34 anos)

Denio Roberto Franco

ex-superintendente da RPBa e RPNE. (34 anos)

Carlos Egydio Bruni

ex-superintendente da SIX. (34 anos)

Aderbal Gil de Oliveira

ex-diretor da Petros. (34 anos)

Domingos Saboya Barbosa Filho

ex-diretor da Petros e ex-chefe do SEPAV/SEGEN. (31 anos)

Alvaro Craveiro

ex-contador-chefe da Petrobrás. (30 anos)

Dorodame Moura Leitão

ex-chefe de Divisão de Tecnologia da Refinação/CENPES. (31 anos)

Paulo Freire

ex-chefe da SERMAT. (21 anos)

Fernando Castro Santos

ex-superintendente do EMPAR. (30 anos)

Oswaldo T. Peckolt

ex-presidente da Petroflex. (35 anos)

Roberto Toledo

ex-chefe de Gabinete da Presidência da Petrobrás. (37 anos)

Jonas Boechat

ex-superintendente da AMLUC. (34 anos)

Basílio Shceffer Filho

ex-superintendente da REVAP. (34 anos)

Fausto Murillo Coelho

ex-coordenador ASTEB. (23 anos)

Alberto Müller

ex-chefe de Divisão de Material do SEGEN. (30 anos)

Alvaro Ramos

ex-chefe de Gabinete da Presidência da Petrobrás. (30 anos)

Fernando Gonçalves

ex-chefe do setor Administrativo do DEPER. (31 anos)

Marco Antonio Valle

ex-chefe de Divisão de Manutenção do CENPES. (23 anos)

Murilo Pêssego Campos

ex-assistente do superintendente do CENPES. (23 anos)

Affonso Celso M. de Paula

ex-chefe de Divisão de Documentação e Propriedade Industrial do CENPES. (30 anos)

Rubem Chachamovitz

ex-diretor da Petrobrás Distribuidora. (36 anos)

João Jerônimo Azevedo

ex-gerente do setor de Avaliação de Petróleo/CENPES (24 anos)

Caio Barbosa Pimenta

ex-superintendente da REGAP e ex-superintendente adjunto do DEPIN. (34 anos)

Eduardo Locht

ex-gerente geral da BRASPETRO/Iraque e ex-chefe do Empreendimento de Pampo. (32 anos)

Mário Trani Fernandes

ex-chefe de Divisão de Projetos do SEGEN. (32 anos)

Guilherme Kress

ex-chefe de Divisão Jurídica do ESPAL. (36 anos)

Newton Richa

ex-chefe da Assessoria Ocupacional do SEPES. (22 anos)

Erasmo Maciel

ex-chefe do Setor de Automação da FRONAPE. (34 anos)

Afonso Suzuki

ex-assistente de diretor da Petrobrás. (35 anos)

Danilo Abreu

ex-chefe de Divisão de Produtos Especiais do DECOM e ex-presidente da Politeno. (38 anos)

Roberto Magalhães

ex-chefe de Divisão de Processo de Importação – SERMAT. (37 anos)

Lucio Gaya

ex-gerente financeiro da Petrobrás Houston. (32 anos)

Ronaldo Alves

ex-assessor de Diretoria da Petrobrás. (27 anos)

Many Japor

ex-chefe de Divisão de Movimentação de Produtos/DECOM. (24 anos)

Alberico couto Ferraz

ex-chefe do Empreendimento COTESE/SEGEN. (30 anos)

Simion Arongaus

ex-chefe do Setor de Sistemas Térmicos/SEGEN. (31 anos)

Luiz Carlos Tupini

ex-secretário geral substituto da Petrobrás Distribuidora. (26 anos)

Luiz Emygdio Caldas

ex-gerente regional de Operações Leste/Petrobrás Distribuidora. (37 anos)

Flávio Sotto-Mayor

ex-coordenador de Projeto de Ampliação do CENPES. (19 anos)

Rui Celso Cardoso

ex-chefe da DIPES/SEACE. (32 anos)

Leon Zeitel

ex-superintendente do Serviço de Planejamento da Petrobrás. (30 anos)

Márcio Batitucci

ex-gerente Administrativo do SEGEN. (25 anos)

Lauro Fayal

ex-chefe do setor de Instrumentação do CENPES. (25 anos)

Alceu Pinheiro Fortes

ex-assistente do Presidente da Petroflex. (36 anos)

Joaquim Caetano Gentil Netto

ex-chefe do SEORG e ex-Presidente da Petros. (27 anos)

Waldyr Rosa

ex-chefe do setor de Avaliação e Controle do DECOM. (32 anos)

José Dantas Borges

ex-contador do Departamento do DETRAN. (22 anos)

Luiz Guarabira

ex-superintendente adjunto do Serviço de Desenvolvimento de Recursos Humanos. (32 anos)

Carlos Roberto Valle

ex-superintendente da REMAN, REVAP e REGAP. (32 anos)

José Archanjo Nascimento

ex-chefe da SECLAF/SERMAT. (30 anos)

Alceu Chagas Carvalho

ex-chefe da DIEC do DEPER. (42 anos)

Salim Armando

ex-assistente de Diretor da Petrobrás. (38 anos)

Luiz Carlos Santiago de Souza

ex-chefe da SEFAT/DECOM. (28 anos)

Ailton Téles de Moura

ex-operário-padrão da Petrobrás.

Claudio Mello de Azevedo

ex-chefe do Gabinete de Diretor da Petrobrás. (34 anos)

Admar Figueiredo Machado

ex-chefe de Divisão de Avaliação/DEPRO. (29 anos)

Francisco de Castro Nogueira

ex-chefe GEPEM/DEPER. (31 anos)

Gilberto Melo Lins Franco

ex-superintendente administrativo da RPBA e ex-chefe do Escritório de Paris. (38 anos)

José Correia da Cunha Neto

ex-chefe de Divisão de Operações Especiais do DEPER. (32 anos)

Antônio Martins Júnior

ex-chefe adjunto DPBA. (35 anos)

Airton Carvalho Moreira de Souza

ex-chefe do setor Controle de Reservatório/RPBA. (33 anos)

Roberto Mota Brandão

ex-chefe de Divisão de Planejamento Tático de SERPLAN. (20 anos)

Ernesto Marques de Sá

ex-chefe de Obras da REMAN. (20 anos)

Ileana Zander Williams

ex-chefe de Divisão de Tecnologia de Produtos. (32 anos)

Adailo Santana

ex-chefe de DIPLAN/DETRAN. (34 anos)

Tokume Fujita

ex-chefe de Divisão de Equipamentos do DEPRO. (30 anos)

Esdras Cavalcanti Suruagy

ex-chefe de Divisão do DEPER. (36 anos)

Oswaldo de Souza

ex-assistente doChefe SEFIN. (29 anos)

Luciano Ribeiro Leitão

ex-chefe-adjunto SEPES. (30 anos)

Zita Maria Salomão

ex-secretária de vários Presidentes da Petrobrás. (35 anos)

Otacyr G. Ayres

ex-chefe -adjunto do SEPES. (21 anos)

Conrad Donat Vay

ex-chefe de setor da Divisão de Engenharia Básica/CENPES. (15 anos)

Nelio Paes de Barros

ex-assistente-superintendente da SUSEMA. (30 anos)

José Faraco

ex-chefe de Divisão de Manutenção do EDISE. (30 anos)

Heitor Coutinho

ex-gerente técnico da Petrofértil e ex-chefe-adjunto do Escritório de Nova Iorque. (36 anos)

David Garcia

ex-chefe de Divisão do SEPES. (25 anos)

José Mauro Bessa

ex-chefe de Divisão do SERMAT. (33 anos)

Isaac Goldemberg

ex-chefe de Divisão do SEORG. (30 anos)

Américo Silvado Vieira

ex-chefe de Divisão do DECOM. (43 anos)

Nilton Renó

ex-chefe de Divisão do DEPRO. (30 anos)

Amaury José de Oliveira

ex-chefe do empreendimento Cherne-1/GECAM. (25 anos)

Nelson Galvão


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