Coluna do Broad
06 Agosto 2017 | 05h00
A venda da Eldorado, da J&F, virou um grande jogo de xadrez com o fim do período de exclusividade de negociação com a chilena Arauco. De um lado está a própria companhia do Chile, ainda interessada no negócio e com uma oferta de R$ 14 bilhões na mesa. De outro, a Fibria, que já contratou o Morgan Stanley como assessor financeiro e prepara uma proposta. Numa terceira ponta estão os fundos de pensão e acionistas da Eldorado, Petros e Funcef. Para eles, a exigência é de que o preço de venda supere o valor inicialmente investido e ajustado pela rentabilidade mínima que precisam atingir anualmente (meta atuarial). Por isso, teriam indicado que, dependendo do preço, o interesse seria manter suas participações no ativo, o que tem desagradado potenciais interessados.
Gringos
No tabuleiro há ainda interessados estrangeiros, sendo que um deles já teria realizado oferta superior à da Arauco. No entanto, nem sempre preço é fator determinante. Uma das empresas de fora com olhos bem atentos para a Eldorado é a April, da Indonésia. A Petros disse que não comenta informações específicas sobre investimentos ou desinvestimentos, mas que, independente do ativo, a “meta é que os investimentos apresentem sempre boa rentabilidade e superem a meta atuarial”. A J&F disse que não comenta sobre venda de ativos e esclarece que seus processos seguem os trâmites usuais para operações dessa natureza. Já Funcef e Fibria não comentaram.
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