Os dois principais planos da Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, tiveram resultados opostos em maio. O PP-2, plano de contribuição variável (CV), teve alta de 0,67%, 0,1 ponto percentual abaixo do objetivo, e o PPSP, de benefício definido (BD), ficou negativo em 1,47%, ante meta de 0,79%. Sem atingir a meta também no acumulado do ano, o déficit do fundo BD aumentou para R$ 28 bilhões em maio.
No plano CV, que recém completou dez anos de existência, os títulos públicos são marcados “na curva”, ou seja, contabilizados pelo valor de compra, mais a variação da taxa desde a emissão do papel até o vencimento. Assim, eles deixam de sofrer os impactos das oscilações do mercado, que se intensificaram em maio com a crise política, afirmou o presidente da entidade, Walter Mendes, em recente entrevista ao Valor.
No acumulado do ano, o PP-2 também sai em vantagem, com ganho de 3,81% – a meta atuarial é de 3,79%. O resultado foi impulsionado pela renda fixa, que ganhou 4,11% e responde por 81% dos investimentos. Os Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) renderam 6,62% e os empréstimos, 4,78%. A renda variável ganhou 0,15% e os imóveis, 0,53%.
No PPSP, que concentra os investimentos problemáticos da Petros, o resultado no ano foi de 2,1% diante de meta de 3,85%. Assim, o déficit acumulado passou de R$ 27,066 bilhões, em abril, para R$ 28,050 bilhões, em maio. O desempenho começou a mudar em abril, já que até o primeiro trimestre tinha alta de 3,43%, acima da meta de 2,41%. O maior ganho de janeiro a maio veio de empréstimos, de 5,52%. A renda fixa subiu 5,18% e a variável, de 0,93%. A carteira de imóveis (-0,58%) e de investimentos estruturados (-18,39%) ficaram negativas.
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