Alvo da Operação Satélites foi cotado para diretoria da Petrobras

Alvo da Operação Satélites foi cotado para diretoria “que fura poço” da Petrobras

Fachada de prédio onde a PF cumpriu mandado (Foto: Marcela Balbino/JC)Fachada de prédio onde a PF cumpriu mandado (Foto: Marcela Balbino/JC)

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Publicado em 21/03/2017 às 17:13

Ligado ao PP do deputado federal Eduardo da Fonte (PE), o ex-executivo da Petrobras Djalma Rodrigues de Souza já havia sido denunciado na Operação Lava Jato no ano passado e, nesta terça-feira (21), foi um dos alvos da Operação Satélites. O mandado de busca e apreensão contra ele foi o quinto cumprido em Pernambuco nesta manhã. Policiais federais estiveram no apartamento de Rodrigues na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, e levaram objetos.

O ex-executivo é ligado também ao ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, também pernambucano, e chegou a ser indicado em 2005 para a diretoria de Exploração e Produção, aquela que Cavalcanti chamou de “diretoria que fura poço e acha petróleo”. Foi o ex-parlamentar que o indicou diretamente ao ex-presidente Lula (PT). O setor concentrava o maior orçamento da Petrobras. Porém, o nome dele foi descartado para que Guilherme Estrella, que tinha relação com o PT, fosse mantido no cargo.

Rodrigues é concursado da Petrobras e foi gerente geral de Participações Petroquímicas da empresa até março de 2015, quando a Operação Lava Jato completou um ano. Ele era parceiro de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos primeiros delatores.

Os dois haviam trabalhado juntos, com Rodrigues como chefe de Costa, até 2000, em duas empresas: a Gaspetro, empresa que foi extinta e era responsável pelos negócios na área de gás da petroleira, e a TGB, a que cuidava do transporte de gás natural da Bolívia para o País. Em 2003, Costa assumiu a diretoria na Petrobras e a hierarquia se inverteu.

Rodrigues foi denunciado em agosto do ano passado junto com Eduardo da Fonte pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) – leia a íntegra da denúncia do MPF. O parlamentar é acusado de receber R$ 300 mil para beneficiar a empreiteira UTC Engenharia nas obras da Petrocoque, uma empresa controlada pela Petrobras. Ele teria recebido metade desse valor em dois cheques, pagos em 2010 através de doações eleitorais feitas pelo próprio deputado a Érico Tavares de Souza, sobrinho do ex-executivo e candidato em Pernambuco pelo PTC.

Satélite

Desta vez na Operação Satélite, Rodrigues passou a ser investigado por causa das delações da Odebrecht. O conteúdo dos acordos, homologados em janeiro pela presidente do STF, Cármen Lúcia. As colaborações geraram 83 pedidos de inquérito por Janot à Corte, casos que ainda serão analisados pelo relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin.

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Foram sendo cumpridos 14 mandados em 13 endereços, sendo dois em Brasília, dois em Maceió, dois em Salvador, três no Rio de Janeiro e cinco no Recife. Além do ex-executivo, um dos alvos foi Mário Barbosa Beltrão, empresário ligado ao senador Humberto Costa (PT-PE). Em nota, o petista ressaltou que está contribuindo com as investigações e que está certo de que a ação desta terça-feira vai “corroborar com a inexistência de qualquer elemento que desabone a sua vida pública”.

http://m.blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2017/03/21/alvo-da-operacao-satelites-foi-cotado-para-diretoria-que-fura-poco-da-petrobras/


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