RIO – O diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Ivan Monteiro, disse na noite desta quarta-feira que a companhia tem “plena convicção” de que a prática de contabilidade de hedge adotada pela empresa foi uma decisão correta.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou nova elaboração e republicação dos balanços da empresa entre 2013 e 2015, por conta dos critérios adotados pela companhia sobre o assunto. A Petrobras convocou teleconferência com a imprensa para falar sobre o tema hoje.
Segundo Monteiro, a companhia está preparando o recurso à CVM. O prazo para envio do documento é de 15 dias desde 3 de março, quando a empresa recebeu o ofício da autarquia.
A companhia anunciou nesta quarta que publicará o balanço do quarto trimestre de 2016 no próximo dia 21, sem qualquer mudança nas práticas adotadas até então.
“A companhia vai divulgar seus resultados e continuar seguindo e adotando o mesmo padrão adotado”, disse o executivo. A empresa pediu embargo das informações fornecidas durante a teleconferência, até o término da apresentação sobre o assunto.
Na teleconferência, Monteiro defendeu que a prática de hedge nunca foi questionada por investidores; e que os balanços passados da companhia foram todos aprovados, sem ressalvas, pela auditoria da Price Waterhouse (PwC). “A companhia tem outros reguladores internacionais, como SEC (Securities and Exchange Commssion) e nunca tivemos contestação sobre a prática contábil”, afirmou.
Monteiro saiu em defesa da prática de hedge, classificando-a como a “forma mais correta de refletir realidade econômica da Petrobras”. “A adoção dessa prática visa refletir nos resultados da Petrobras a realidade econômica mais apropriada para o público de interesse”, completou.