A trajetória da ANIPA está acontecendo dentro das nossas possibilidades e prioridades. Há 15 dias atrás, acionamos o Escritório do Dr. Santoro (OBS. do Discrepantes- mesmo advogado da AMBEP) para alinharmos com aquela equipe os próximos passos, considerando que estamos no aguardo de decisão do recurso para restabelecimento da liminar e que a Operação Greenfield tem potencial para reforçar as teses da nossa ação principal. Além da nossa ação civil pública, prioridade já definida pelo próprio Santoro, em junho, quando tive uma agenda com ele, os próximos passos devem contemplar a rotina a ser adotada para os novos associados a fim de ajuizarmos as ações em grupo, com os mesmos pedidos de suspensão do equacionamento e de apuração e responsabilizações. Outra questão levada ao advogado contratado é sobre a medida judicial para o segundo equacionamento dos Saldados.
Na semana passada, os advogados responderam encaminhando a sua estratégia para cercar a ação principal (ação civil pública) e, atendendo pedido deles, o Dr. Davi encaminhou suas observações para apreciação. Devemos receber retorno nesta semana.
Quanto ao plano de ação do novo triunvirato na FUNCEF, está tardando. Ter habilitado a Fundação como testemunha de acusação na Greenfield foi o melhor que vi até agora. A FUNCEF, nesse papel, não poderá se limitar aos 8 investimentos. O Augusto informou, no evento, que estão encaminhando outras operações para serem investigadas. É bom para nós, pois, segundo as palavras do Vieira, ele não é inquisidor, mas, como a FUNCEF tornou-se testemunha de acusação, muito mais do que está moribundo ou falecido nos investimentos da Fundação, deverá ser levado ao MP.
Joba, a ansiedade é muito justificada. Está saindo dinheiro do nosso bolso para tapar rombo feito pelos "exterminadores do futuro", conforme o Evandro Agnoletto denomina o Caser e sua quadrilha. Os não saldados estão numa situação desoladora. Os índices calculados para a contribuição extraordinária são absurdos. Amanhã, terei a confirmação do que cabe aos ativos e aos participantes e informarei no relato do evento.
O nosso segundo equacionamento gira em torno de 7,8% a 8%. Grosso modo, pagaremos 11% de contribuição extraordinária, a partir de 2017 (não se sabe o mês).
Quanto às confianças e desconfianças, Joba, estamos escaldados. Não posso falar por outros, mas eu, particularmente, continuo do mesmo lado e desconfio de quem está do lado da patrocinadora, assim como de quem tem vinculação político-partidária e quer se aproximar da FUNCEF ou da ANIPA ou de ambas.
Quanto à proximidade com os representantes eleitos, quando acontece, é feita às claras, com a presença de associados, publicada nos diversos veículos de comunicação. Eu e o Evandro não temos agenda oculta. No evento da ANBERR, neste final de semana, os eleitos foram questionados pelos presentes sobre o deficit, sobre o equacionamento, sobre o Cred Plan e tudo o que aflige o participante.
Infelizmente, não me alertei para pedir vagas, com antecedência, para outros associados da ANIPA que não fossem os diretores. A Adriana Bastos me perguntou, na última hora, se poderia participar. Falei com o Evandro e ele abriu exceção para ela, pois já havia encerrado as inscrições para o Encontro. No próximo, pedirei vagas com antecedência para associados da ANIPA.
Os não saldados são participativos e têm uma estrada percorrida. Foi muito interessante ter participado e ter aproveitado as palestras do corpo técnico da ANBERR e, muito importante, ter observado a maturidade das discussões dos associados, assim como a união do pessoal. Receberam a notícia com os dados do seu equacionamento e, apesar da revolta, são muito resilientes, temperados, acredito, na luta e no tempo da Justiça brasileira.
Ano que vem, quero fazer o nosso primeiro evento nacional e me antecipar para que o Evandro e sua trupe façam a gentileza de receber associados da ANIPA no seu encontro anual, para fortalecermos essa relação que é genuína e, até que se prove o contrário, benéfica para saldados e não saldados.
Com um abraço.
Lia Menezes
Presidente da ANIPA