A Karoon, em consórcio com a Woodside, venceu a disputa pelo pacote de desinvestimento da Petrobras de Baúna e Tartaruga, desbancando a estreante PetroAtlântico. Fontes anteciparam que o resultado foi definido na tarde desta quarta-feira (5/10), uma semana depois de a Petrobras abrir as propostas finais enviadas pelas empresas.
O valor do negócio foi mantido em sigilo, mas a expectativa é que seja anunciado até sexta-feira (7/10). A Karoon apresentou a melhor oferta para 100% de Baúna e 50% de Tartaruga (percentual máximo estabelecido pela Petrobras, que não abriu mão da operação do projeto no pós-sal da Bacia de Campos).
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!A compra dos ativos vai entrar em uma fase de due dilligence, com prazo estimado em dois meses. A transferência definitiva dos campos, contudo, dependerá de aval da ANP.
Procurada, a Karoon não confirmou que sua proposta de compra de Baúna e parte de Tartaruga foi contemplada e nem a participação da Woodside no negócio. A formação do consórcio, contudo, foi confirmada à Brasil Energia Petróleo por fontes que acompanharam o processo.
A proposta da Karoon segue a mesma estratégia da oferta da Statoil para Carcará, com condicionantes relacionadas à data de entrada em operação do primeiro óleo de Tartaruga.
Originalmente, Baúna e Tartaruga foram anunciados ao mercado em um pacote que incluía Golfinho, campo na Bacia do Espírito Santo, que chegou a ser incluído nas propostas de Karoon e PetroAtlântico.
Executivos próximos da negociação explicaram que Golfinho foi retirado de última hora da negociação, após ser identificado que a transferência do ativo geraria a incidência de tributos relativos à Repetro da ordem de US$ 100 milhões.
A oferta da PetroAtlântico previa a aquisição de 100% do ativo de Baúna, 50% de Tartaruga e 50% de Golfinho. A proposta final da petroleira portuguesa não tinha um valor fixo único, variando de US$ 1,7 bilhão a US$ 2 bilhões, de acordo com o comportamento do preço do petróleo e a data do primeiro óleo de Tartaruga.
Com a aquisição do pacote, as duas empresas australianas caminham para deter uma posição de destaque no mercado, garantindo produção imediata em Baúna. A Woodside faz sua estreia no setor, enquanto a Karoon amplia sua carteira para além da Bacia de Santos, onde já detém cinco blocos arrematados na 9ª rodada, com 100% de participação, onde há descobertas e um estudo para instalação de um FPSO em 2019.
Já o campo de Tartaruga está programado para entrar em operação em 2017, com o FPSO Campos de Goytacazes, que terá capacidade para produzir 150 mil b/d. Este ano, até agosto, ativo produziu, em fase de teste, cerca de 14 mil b/d.
Com a venda de Baúna e Tartaruga, a Petrobras garante o segundo desinvestimento na área de E&P em menos de três meses – no final de julho, a estatal vendeu sua participação em Carcará (BM-S-8), onde era operadora, para a Statoil, por US$ 2,5 bilhões.
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