Petrobras avalia modelos de venda de participação em refino

RIO – O diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, disse nesta terça-feira que o programa de desinvestimentos e parcerias da estatal inclui a oferta de ativos de refino. O modelo, segundo o executivo, está sendo avaliado.

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“Estamos estudando alguns modelos de negócios que abrangem tanto um conjunto de ativos quanto ativos isolados. Está em fase avançada e será apreciado pela diretoria e pelo conselho de administração e posto em marcha para parceria”, disse o executivo, durante apresentação do plano de negócios da estatal, para o período de 2017 a 2021.

Questionado sobre como a empresa pretende se manter como uma companhia integrada, em meio à intensificação da venda de ativos, o presidente Pedro Parente citou o setor de biocombustíveis e disse que a empresa está revendo seus ativos, num primeiro momento, mas que no longo prazo mantém o interesse no setor.

“Nossa empresa é integrada quando olha o upstream [produção] ao downstream [refino e distribuição]. E continuará a ser integrada. Saímos da conformação atual onde vemos que nos biocombustíveis não somos os melhores players, tem uma parte de agricultura muito intensa. Mas achamos que devemos nos preparar para o trabalho de desenvolvimento de tecnologias para novas alternativas”, afirmou.

Parente disse ainda que a meta de desinvestimentos para 2015-2016, de US$ 15,1 bilhões, está mantida.

Rnest

Segundo o diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, a Petrobras pagou R$ 1,5 bilhão ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na última sexta-feira, como parte do financiamento da refinaria Rnest, em Pernambuco.

“Todos sabem da nossa frustração [com a Rnest]. A receita não vem, mas a dívida está contando e tem que ser paga no seu vencimento”, disse o executivo, que destacou que o pagamento ilustra como a empresa tem honrado seus compromissos.

A refinaria, cujas obras foram iniciadas há oito anos, está localizada em Ipojuca, no Complexo Industrial Portuário de Suape, distante 45 km da capital pernambucana de Recife.

Okinawa

O diretor de governança, risco e conformidade da Petrobras, João Elek, afirmou que a auditoria interna feita pela companhia sobre a aquisição da refinaria de Okinawa, no Japão, está progredindo.

“A auditoria está progredindo”, disse o executivo, acrescentando que a empresa avalia se houve vício de origem na aquisição da refinaria.

Elek contou ainda que permanecem em 32 o número de empresas impedidas de serem contratadas ou participarem de licitações da Petrobras.

Questionado sobre a possibilidade de o bloqueio de empresas afetar as contratações necessárias para o cumprimento dos projetos previstos no plano 2017-2021, o diretor de desenvolvimento da produção e tecnologia, Roberto Moro, garantiu que não há esse risco.

“Não temos preocupação de [empresas] bloqueadas que impactem o programa de perfuração e [equipamentos] submarinos”, disse ele, acrescentando que a maioria das empresas bloqueadas são relacionadas à atividade de construção de plataformas. “Para construção de plataformas, temos outras alternativas”, completou.

Ele acrescentou ainda que a Petrobras está apoiando o desenvolvimento de mercados de fornecedores de menor porte, para participarem de licitações da empresa, além da atração de fornecedores internacionais.

http://mobile.valor.com.br/empresas/4715901/petrobras-avalia-modelos-de-venda-de-participacao-em-refino


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