SÃO PAULO E RIO – A administração da Petrobras estará, pelos próximos dois anos, concentrada na recuperação da solidez financeira, “como uma empresa integrada de energia”, como foco em óleo e gás, afirmou o presidente da estatal, Pedro Parente, em comunicado que anuncia o plano de negócios da estatal para o intervalo entre 2017-2021, anunciado nesta terça-feira.
Segundo o executivo, no horizonte total dos cinco anos do plano de negócios, a proposta é que a companhia “tenha sido saneada” e conte com padrões de governança e ética “inquestionáveis” para sustentar uma produção crescente, porém realista, e para garantir que a empresa seja “capaz de investir e se posicionar nos processos de transição por que passa o mercado de energia no mundo”.
Pré-sal
Na apresentação enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a petroleira informou que o total de investimentos em exploração e produção ficará em US$ 60,6 bilhões no intervalo. Deste total, 34% será no pós-sal e 66% no pré-sal.
A empresa também forneceu detalhes sobre a redução de custos operacionais planejada para o período. De acordo com a petroleira, o custo de extração de barril de óleo equivalente (boe) ficará em US$ 9,6 no período de 2017-2021. Este valor é inferior aos de 2014, de US$ 14,6 por boe; de 2015, de US$ 12 por boe; e de 2016, de US$ 11 por boe.
Gastos
A estatal espera reduzir em 18% os gastos operacionais gerenciáveis no intervalo, para US$ 126 bilhões. O valor anterior estimado, caso nenhuma iniciativa fosse implementada, era de US$ 153 bilhões.
A estatal destaca no planejamento para redução de custos a implantação de novas ferramentas de gestão, “como o Orçamento Base Zero (OBZ), a gestão diferenciada de contratos e de pessoal”.
Para o período 2015-2019, a companhia projetava US$ 142 bilhões em gastos operacionais gerenciáveis.
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