Petrobras: Conseguindo boa adesão a PDV, mas ganhando mais uma contingência

De acordo com Reuters, o programa de demissão voluntária (PDV) de Petrobras (PETR4) estaria tendo uma boa adesão, de pelo menos 6 mil funcionários (de até 12 mil elegíveis), o que poderia aumentar até o final de mês (prazo máximo).

O caso de adesão máxima corresponderia a 21 por cento dos funcionários da empresa e implicaria uma despesa imediata de 4,4 bilhões de reais, mas economias de 33 bilhões de reais em salários pelos próximos quatro anos.

Se certo, é uma boa notícia que a companhia consiga ter o maior sucesso com o PDV. Contudo, isto é compensado pelo fato de que a imprensa noticia que acionistas da fracassada Sete Brasil (BTG Pactual, Valia, Funcef e Luce) começaram um processo de arbitragem para conseguir ressarcimento pelos investimentos feitos, o que atingiria na casa de 8 bilhões de reais.

Esse é um grande problema de Petrobras hoje: as contingências dentro e fora do balanço (multas e processos judiciais, trabalhistas ou tributários) que não param nem pararão de crescer.

A companhia está preocupada com sobreviver, melhorar a situação financeira, rolar dívida, vender ativos para recompor o caixa, e cortar custos, mas na medida em que melhorar, mais credores aparecerão tentando ficar com o que ela obtiver.

O anterior ilustra o difícil que é apostar no processo de turnaround da petroleira. Dado o tamanho da empresa e dos problemas não há como pensar que não será demorado e provavelmente acidentado.