Funcionários terão até o próximo dia 31 para aderir ao programa Foto: Pedro Teixeira
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Bruno Dutra
O Programa de Demissão Voluntária (PDV) divulgado pela Petrobras, no primeiro semestre deste ano, já tem adesão de mais de cinco mil funcionários, segundo uma fonte ligada à diretoria da estatal. Lançado em abril, com prazo final de adesão até o dia 31 deste mês, a Petrobras espera que os cortes pelo PDV atinjam, pelo menos, sete mil empregados. Inicialmente, a companhia trabalhava com uma meta de corte total de 12 mil empregados.
Levando em conta a estimativa de adesão, o custo previsto para a implantação do programa é de R$ 4,4 bilhões, e a economia esperada é de R$ 33 bilhões, até 2020. O último PDV da companhia, anunciado em janeiro de 2014, teve adesão de 6.200 funcionários, com um corte estimado de R$ 13 bilhões, até 2018. Até 2017, outros 1.055 empregados inscritos no programa de 2014 têm previsão de saída da empresa.
O objetivo do PDV, segundo a Petrobras, é adequar a força de trabalho da petroleira às necessidades do Plano de Negócios e Gestão, a fim de otimizar a produtividade e reduzir os custos com foco no alcance das metas do plano. O PDV 2016, destaca a Petrobras, foi desenvolvido com base nas premissas de preservação do efetivo necessário à continuidade operacional da companhia e ajuste de pessoal em todas as áreas. O programa é válido para a Petrobras controladora, que hoje conta com 57.046 empregados.
Segundo Emanuel Cancella, secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros, o PDV vale a pena para aquele funcionário que está próximo de se aposentar, mas não é interessante para quem está a pouco tempo na empresa. — O aposentado já tem seus benefícios garantidos, mas quem está na estatal a pouco tempo, terá uma pequena indenização. Além disso, com a atual situação econômica, não vejo o governo investindo em novos concursos para fortalecer a empresa — diz.