CAMILA MATTOSO, ENVIADA ESPECIAL
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Petrobras voltou atrás em sua recusa para patrocinar os Jogos Olímpicos do Rio e agora negocia um acordo para a Paraolimpíada com o Comitê Rio-2016.
O pedido dos organizadores é para um apoio de cerca de R$ 40 milhões em combustível, para abastecer a frota de veículos que trabalham no evento.
A crise financeira na organização da Olimpíada do Rio está escancarada desde as vésperas da abertura. O déficit ainda não foi calculado, mas estima-se que passe de R$ 270 milhões.
Pressionada por governos, empresas estatais e de economia mista estão negociando com o comitê. A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), ligada ao ministério das Relações Exteriores, já até assinou contrato, embora não tenha estampado sua marca em nenhum lugar até agora.
“A Petrobras recebeu proposta de patrocínio aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 e, após negociações, comunicou ao Comitê Organizador que não será possível apoiar o evento”, disse em nota à Folha de S.Paulo no dia 1 de agosto, faltando quatro dias para a cerimônia de abertura.
Nesta segunda (16), porém, a situação mudou. Questionada, a empresa afirmou que “houve uma reavaliação e o patrocínio está em negociação”, mas “apenas para os Jogos Paraolímpicos”, segundo a equipe comunicação, que não fala sobre valores por enquanto.
Até agora, essa Olimpíada foi a primeira neste século –incluindo as de inverno– a não contar com o patrocínio de uma gigante nacional do petróleo para sua realização.Publicidade
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