Empresa protocolou seu plano de reestruturação, prevendo uma carteira com até 12 sondas
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe![12.08.2016] 16h59m / Por Claudia Siqueira
Todos os acionistas da Sete Brasil votaram a favor do plano de recuperação judicial da empresa ( Cortesia )
A Sete Brasil mantém em seu planejamento a captação de US$ 5 bilhões no mercado para a construção de oito a 12 sondas da sua frota, que teria originalmente 29 unidades de perfuração. A estratégia integra o plano de reestruturação do grupo que foi protocolado nesta sexta-feira (12/8) na 3a Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Entre as medidas listadas está também a confirmação formal da Petrobras sobre o interesse de manter os contratos de afretamento. As duas tarefas são consideradas desafiadoras, tendo em vista a situação financeira da empresa e da petroleira.
O plano de reestruturação da Sete Brasil foi aprovado ontem (11/8) pelos acionistas, contemplando uma série de ações e condicionantes a serem executadas e acertadas ao longo dos próximos quatro meses, caso a proposta seja acatada pelo juiz e o processo prossiga. Está sendo criado um procedimento de mediação para buscar alguns acordos com a Petrobras, que desde o fim do ano passado vem enxugando expressivamente sua carteira de sondas e não demonstra interesse em manter os contratos das 28 unidades afretadas. O mediador do processo será Luiz Leonardo Cantidiano, sócio do escritório Motta, Fernandes Rocha Advogados.
Não está previsto no plenajemento da Sete Brasil a redução no valor das taxas diárias e no prazo contratual dos afretamento. Com o preço do petróleo em baixa, os valores das taxas diárias despencaram, o que tornou os contratos da Sete Brasil ainda menos atrativos para a Petrobras.
Todos os acionistas votaram a favor do plano, sendo que alguns se abstiveram de votar alegando conflito de interesse. Com a entrada dos novos recursos, será feita uma priorização de pagamento aos novos investidores. Cumprida essa fase, a proposta é fazer um rateio em bases iguais entre credores atuais e os acionistas, contrariando a prática de pagamento das recuperações judiciais, que em geral priorizam o acerto com os credores, em detrimento dos acionistas.
O plano de reestruturação prevê priorização das sondas mais adiantadas e autofinanciamento de parte das sondas por alguns dos estaleiros que participam da construção das unidades. Todos os pontos listados terão que ser detalhados e acordados no prazo de 120 dias.
Em nota divulgada hoje, a Sete Brasil disse que espera conquistar a sustentabilidade necessária para a retomada do Projeto Sondas, “importante fonte geradora de empregos e tributos no país”. A empresa destacou ainda que a estrutura do plano de recuperação apresenta um escopo macro, “naturalmente sujeito a ajustes, confirmações e detalhamentos”.
A dívida da Sete Brasil soma mais de R$ 19 bilhões. O grupo não revela as sondas que pretende salvar, mas a aposta é que os acionistas estejam priorizando as unidades construídas pelo Brasfels e o Jurong.
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