Pedro Parente, presidente da Petrobras – ADRIANO MACHADO / REUTERS
RIO – Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na tarde desta quinta-feira, a Petrobras aprovou a criação de uma nova diretoria, além de uma série de mudanças em seu estatuto. Com isso a estatal passará a ter sete diretorias, além do cargo de presidente.
A nova diretoria de Estratégia, Organização e sistema de Gestão cuidará da elaboração do Plano Estratégico e dos planos de negócios da estatal. Na mesma assembleia foi aprovado, também, a dispensa de um prazo de 46 meses para que o atual consultor da presidência, Nelson Luiz Costa e Silva, possa assumir a nova diretoria.
A medida foi necessária uma vez que Nelson Silva deixou a presidência da BG Brasil, comprada pela Shell ano passado, em maio último, um mês antes de assumir o cargo de consultor a convite do presidente da Petrobras, Pedro Parente. O presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Nelson Carvalho, explicou que, agora, a nomeação de Nelson Silva para a nova diretoria entrará na pauta de uma das próximas reuniões do conselho.
A assembleia contou com pouco menos de 20 participantes, apesar de ter atingido o quórum mínimo necessário com um total de 84,9% do capital votante. A representante da União, Maria Teresa Pereira, votou a favor da mudança de vários itens do estatuto da companhia, mas com restrições a alguns.
Essa restrição, segundo ela, não significa que a União é contrária, mas porque existe uma resolução na Comissão Interministerial de Governança Corporativa de Administração de Partiçaões Societárias da União (CGAR) que está sendo revista que trata desses assuntos retirados agora da pauta.
Mas o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Nelson Carvalho, garantiu que a retirada desses itens, no momento, não afeta em nada o programa de reestruturação da Petrobras em andamento.
– Na reestruturação não muda em nada, e nós vamos ficar absolutamente em harmonia com as questões da CGPar e as outras regulamentações – destacou Nelson Carvalho.