O Referencial VALIA – A Verdade

Em resposta aos questionamentos da UCP os “conselheiros” informaram que a VALIA não apresentou déficit técnico “basicamente por dois motivos: carteira de investimentos lastreada na renda fixa e controle do passivo através de arrocho dos benefícios dos aposentados”.

Quanto a ter carteira de investimentos lastreada em renda fixa, só nos resta aplaudir que os gestores da VALIA tenham o compromisso com este tipo de investimento, considerado solução clássica e fortemente recomendável para planos maduros, cuja maioria dos Participantes encontra-se em fase de recebimento dos benefícios, e que deve priorizar investimentos mais conservadores e com alta liquidez.

Lamentável é que a PETROS tenha se afastado deste conceito clássico.

Na medida em que o pesadelo do nosso rombo ia se tornando realidade, confirmando afirmações que nosso grupo mostrou em várias análises publicadas e até nas denúncias encaminhadas aos órgãos fiscalizadores, assistimos diversas manifestações dos “conselheiros” desqualificando o óbvio.

Considerando a gravidade da nossa situação mostramos que nosso caso não era simples déficit, mas um verdadeiro rombo, face aos dados que nos chegavam dos relatórios, até onde pudemos trabalhar com eles, já que desde novembro/2015, tudo indica que a gestão da Petros parou no tempo, pois nenhuma informação oficial, com documentos comprobatórios foram disponibilizados aos Participantes.

Contra esse nosso esperneio, sofremos críticas inconsistentes e totalmente injustas, com réplicas da parte dos “conselheiros” que nunca nos desmentiam e que eram imediatamente respondidas por nós com dados reais.

Uma situação conflitante ocorreu a partir do momento que o rombo se tornou cristalino e, novamente, para enfia-lo na goela dos seus eleitores, a principal das justificativas dada era o momento financeiro negativo que o país vinha enfrentando. Contra isso, apontamos os resultados que vinham sendo apresentados pelo fundo Valia, cuja patrocinadora é a Vale, e que vem distribuindo superávits ano a ano.

Quanto a afirmação dos “conselheiros” de que o superávit da VALIA se deve também ao “controle do passivo através de arrocho dos benefícios dos aposentados”, alertamos que não corresponde a veracidade dos fatos. Conforme demonstraremos adiante, buscamos a resposta em participante daquela fundação (que coincidentemente é pensionista em nosso fundo e com a qual mantemos contato constante de troca de informações entre nossos planos) e a postamos abaixo.

Como podemos receber “conselhos” que não refletem a realidade?

Exigem em não ser tratados como “conselheiros”, mas Conselheiros Eleitos pelos Participantes, sem aspas.  Sentimos muito não poder tratá-los assim, com a pompa que desejam.  Para isto, devem conquistar através da verdade e clareza de propósitos, a nossa confiança e respeito.

Leiam com atenção:

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Pagamento mensal de 25% do valor da suplementação de cada  assistido que passou a ser distribuído em 2007, utiliza-se os recursos do superávit para esse fim. Mesmo com essa distribuição, tivemos há cerca de cinco anos um abono correspondente a seis suplementações das aposentadorias  e pensões (Não sendo computado para esse fim os 25% do valor da suplementação, que também não é agregado ao pagamento do 13o Salário). 

O abono para 2016 não foi aprovado, face a todas as incertezas econômicas e políticas que não permitem que se faça quaisquer previsões futuras.
O Conselho Deliberativo da VALIA é composto de 12 membros titulares e 12 membros suplentes, nomeados da seguinte forma:

– 5 Indicados pela VALE;

– 3 indicados pelas Empresas Patrocinadoras;

–  2 eleitos pelos participantes ativos;

– 2 assistidos indicados pela APOSVALE.

 

Informações do PBD do mês de maio de 2016

Fonte dos dados para estudo= Relatório oficial da Valia

1- Assistidos/Ativos do PBD:

31/12/2009=  17.576    Ativos= 12, ainda na Vale S/A.

31/12/2015=  16.651

31/05/2016=  16.554

De 31/12/2009 à 31/05/2016 ( 6 anos e 5 meses), já deixaram o PBD, aposentados e pensionistas e entrada de novas pensionistas, 1.022 assistidos, com média anual de 159. Somente em 2016, já deixaram o PBD 97 assistidos e estamos num ritmo anual de 233 saídas. A pensionista recebe 60% da suplementação do aposentado e, em caso, de filhos menores de 24 anos e no ensino superior, cada filho recebe 10% da suplementação, no máximo de 4 dependentes com a pensionista,

2- Rentabilidade das Aplicações dos Ativos  (x1000):

Renda Fixa          =  9.004.869   79,88%     1,25%/6,71%  mês/ano

Renda Variável   =     270.853     2,40%    -7,86%/8,99%

Inv. Estruturado =     541.222     4,80%     0,63%/0,74%

Inv. Imobiliário   =  1.008.399     8,95%     0,36%/2,04%

Op.c/participante=   446.894     3,97%      0,37%/5,30%

Total dos Ativos      11.272.237   100%      0,91%/6,07%

Todos os Planos       20.269.758   —–         0,77%/6,29%,

A rentabilidade baixa de maio de 2016 de 0,91%, foi ocasionado pelas baixas rentabilidades em Renda Variável (-7,86%), Inv. Estruturado ( 0,63%), Inv. Imobiliário (0,36%) e operação com participantes (0,37%). O que nos salva, são as aplicações em Renda Fixa, com rentabilidades de 1,25% e acumulado no ano de 6,71%, com  79,88% de participação nas aplicações de nossos ativos ( 9,005 bilhões). Estamos num ritmo anual, até o momento, de 14,57%. Acredito que as rentabilidades no final do ano, fechem na faixa entre 15% a 16%,

3- Rentabilidade Mensais das aplicações dos Ativos:

Janeiro= 1,16%, Fevereiro= 1,37%, Março= 1,35%, Abril= 1,11%, Maio= 0,91% ( pior mês),

Acumulado no ano= 6,07%,

4- Histórico dos Ativos do PBD (X1000):

31/12/1999=   2.448.183

31/12/2015= 10.942.576

31/05/2016= 11.272.237

No período de dezembro de 2015 a 31/05/2016, tivemos um aumento de nossos ativos líquido de 329.661,

5- Rentabilidade das Aplicações x Reajustes das Suplementações:

Rentabilidade das Aplicações no período de 01/01/1999 a maio de 2016=  2.023,54%

Reajustes das suplementações no período até janeiro de 2016                  =     211,68%,

6- Distribuição de Superávits  (x1000):

No período de 01/01/2007 a 31/12/2016 ( 9 anos e 5 meses), foram distribuídos R$ 2,064 bilhões que representou 58,19 suplementações líquida para cada assistido do PBD, com média anual de 6,18 suplementações líquida/assistido. A distribuição de superávit-2012, que estamos recebendo desde abril de 2014, acabará em junho de 2017. Saldo em 31/05/2016 de 151.306, em 31/12/2015 era 208.543. A partir de julho de 2017, entrará outro superávit que está sendo formado e, provavelmente, com distribuição mensal de 25% da suplementação líquida. Lembramos, que o Fundo de Distribuição de Superávit (Superávit 1) acabou em março de 2014 e durou 7 anos e 3 meses de distribuição,

Muitos pensam e afirmam, que a Distribuição de Superávits dos 25% mensais é eterna e, se enganam redondamente. Se, não fosse estabelecido pela Previc a Resolução CNPC 22/2015 que nos favoreceu muito, passando a  Reserva de Contingência de 25% para 20,1% em dezembro de 2015 no caso do PBD e, baseado no Duration do PBD (10,1 anos), a partir de janeiro de 2016, NÃO teríamos mais nenhum superávit para distribuição. Gostaria de deixar bem claro e transparente para todos, que formação de Superávits depende basicamente das boas rentabilidades das aplicações dos ativos a cada ano. Não existe milagre. Torço TODOS os dias, para que nunca acabem as distribuições de superávits que recebemos desde 2007, mas, não podemos afirmar em momento algum que será para sempre. Seria uma grande irresponsabilidade se, afirmasse isso e de quem o faz.

O abono a ser distribuído no mês de junho

7- Projeções de Gastos do PBD em 2016 (x1000):

Suplementações (13)= 627.104

Superávits            (13)= 148.816

Total  Geral                 = 775.920, com média mensal de 59.686. Os Gastos totais representam 6,88% dos ativos de maio de 2016,

8- Contencioso do PBD (X1000):

31/12/2015= 1.399.331

31/05/2016= 1.389.594

Valores até o momento estão estabilizados, mas, é o grande Câncer que temos em nosso PBD e Impacta diretamente nas distribuições de mais superávits para os 16.554 assistidos do PBD. Eu, particularmente, tenho muitas dúvidas nesses valores e, na minha visão, são valores Superestimados pela Valia. Precisaria fazer uma Auditoria rigorosa por, Auditores Independentes Contratados pela Aposvale, para verificação real desse valores astronômicos que representam 12,33% de nossos ativos. Esses valores correspondem a mais de 5.200 processos relativo a : Artigo 58 da ADCT, Ganhos Reais e Expurgos Inflacionários,

9- Demonstrativo do Ativo Líquido  (x1000):

1- Ativo Bruto do PBD     =  11.571.773  (Patrimônio total do PBD)

2- Abatimentos                =     1.470.027  ( ex. operacional+ contingencial + fundos adm. e investimentos),

3- Ativo Líquido (1-2)      =   10.101.746

4- Reserva Matemática       = 7.809.403

5- Reserva de Contingência= 1.569.690 (20,1% da reserva matemática, conforme Resolução CNPC 22/2015),

6- Total ( 4+5)                        = 9.379.093 ( reservas que necessitávamos em maio de 2016 para a sustentabilidade do PBD),

7- Fundo de Distribuição de Superávits-2012= 151.306 (este fundo acabará em junho de 2017),

8- Reserva Especial previsão do plano( 3-6-8)= 571.347  ( valor que pode ser destinável),

Para darmos uma destinação na Reserva Especial para Revisão do Plano (Item 8), novos cálculos atuariais conservadores devem feitos, com taxa de juros de ( taxa máxima de juros do PBD de 5,62% – 1%)= 4,62%. Fazendo esses novos cálculos, para dar uma destinação na Reserva Especial, esse valor cairia  para aproximadamente 218 milhões. É desses 218 milhões, que estamos solicitando 2(abonos) para cada assistido em 2016, num total de 91 milhões. Sobraria ainda (218-91)127 milhões, que daria hoje para mais 10 meses, com 25% de distribuição mensal. Se, não distribuir nada de abonos, Os 218 milhões daria para mais 18 meses. Gostaria de esclarecer, que são cálculos de momento, e tudo poderá alterar até 31/12/2016 no fechamento do balanço anual.