Itália. Fundos de pensões analisam pedido para apoiar banca

Resultados dos testes de stress a 51 bancos europeus serão conhecidos na próxima sexta-feira e italianos preparam-se para pior cenário

A associação dos fundos de pensões italianos manifestou publicamente o seu apoio ao pedido do governo de Matteo Renzi para investir em créditos malparados que intoxicam a banca do país. Mas apesar da aprovação dada pela associação, a mesma realçou que a decisão final caberá a cada fundo individualmente.

Em causa, e no imediato, estará o desejo do governo italiano de assegurar uma injeção de 500 milhões de euros no Monte dei Paschi de Siena, já que é consensual que (pelo menos) este irá chumbar nos testes de stress à banca europeia, cujos resultados serão divulgados sexta-feira. Matteo Renzi procura ter já em carteira uma medida de precaução para aplicar e o recurso a capitais de dois fundos públicos, detidos pelo Tesouro italiano, poderá ser uma das vias a seguir.

Com 360 mil milhões de euros em créditos malparados no seu balanço, a banca italiana já recorreu a mais de metade do fundo criado pelo executivo transalpino, o “Atlante”, para reforçar capitais e rácios. Este fundo surgiu com uma dotação de 4,25 mil milhões de euros, hoje reduzidos a menos de dois mil milhões de euros.

Este capital remanescente no Atlante é, aliás, o pilar do plano de recapitalização sugerido pelo Monte dei Paschi ao Banco Central Europeu na última semana, que prevê a venda de 10 mil milhões em créditos vencidos do banco pelo Atlante, pagando 30% a 32% do seu valor nominal. Esta solução, porém, obrigaria o Paschi a precisar de mais fundos para elevar os seus rácios.

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