Postalis tem prestado contas semanais à Previc

A diretoria do fundo de pensão dos Correios, o Postalis, presta contas semanalmente à Previc sobre as medidas que estão sendo adotadas para o equacionamento do bilionário déficit em suas contas, que atingiu R$ 5,6 bilhões em 2015.

A avaliação do supervisor é que, nos últimos três meses, o Postalis adotou medidas na direção correta, como a retomada das conversas com BNY Mellon para ressarcimento de cerca de R$ 3 bilhões ao fundo decorrente de prejuízo gerado por não apresentar resultado compatível com a meta atuarial, que havia sido interrompida por gestões anteriores do fundo de pensão.

“Você tem um conjunto de operações com problemas, muitas feitas para perder e já estão provisionadas. Pode ser que surjam novos provisionamentos de perda, mas muito em função do que aconteceu, muito em função de outras gestões.

A atual gestão vem fazendo prestação de contas à Previc para falar sobre medidas que estão sendo feitas com relação ao estoque e qual a postura em relação aos novos ativos”, explicou uma fonte ao Valor.

O Postalis cobra o pagamento de R$ 3 bilhões da BNY Mellon na Justiça, mas tenta um acordo para acelerar o recebimento. A medida ajudaria a reduzir as contribuições extraordinárias que participante e patrocinador precisam fazer ao fundo de pensão para equilibrar as contas.

Além de um acordo com o BNY Mellon, o presidente do Postalis, Paulo Furtado, está revisando todos contratos firmados pelo fundo de pensão para verificar onde é possível reduzir custos. Em meio à tentativa de melhorar a situação do fundo, o novo presidente dos Correios, Guilherme Campos, vai fazer nova mudança na direção do Postalis e substituir Furtado. O economista André Motta, atual diretor de investimentos, será alçado à presidência do Postalis.

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