SÃO PAULO – A Petrobras informou hoje que o Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), de seu fundo de pensão Petros, fechou 2015 com déficit atuarial de R$ 22,6 bilhões, o que exigirá providência por parte da empresa e dos participantes. O balanço oficial da entidade de previdência complementar, contudo, ainda não está totalmente pronto e deve ser publicado até o fim de julho.
Como o limite de tolerância de R$ 6,5 bilhões de déficit foi superado, o valor a ser equacionado, por meio do aumento de contribuições, é de R$ 16,1 bilhões. O montante será dividido igualitariamente entre a patrocinadora Petrobras (50%) e os participantes e assistidos do Plano (50%).
Assim, a Petros deverá elaborar, ao longo de 2016, um plano de equacionamento de déficit, que aumentará as contribuições dos patrocinadores, dos participantes e assistidos do PPSP a partir de 2017.
Segundo a Petrobras, será apresentado um estudo atuarial, que evidenciará as causas do déficit, bem como estabelecerá a forma e o prazo de pagamento. No equacionamento, serão determinados percentuais adicionais de contribuições a serem cobrados, ao longo do tempo, até o prazo máximo de aproximadamente 18 anos.
A Petrobras informa também que o déficit apurado já está contemplado nas demonstrações financeiras da Petrobras divulgadas ao mercado. No balanço referente a 2015, a companhia apontava um déficit atuarial de mais de R$ 23 bilhões apenas no plano PPSP da Petros (sem contar outros mais de R$ 26 bilhões de déficit atuarial referente à assistência de saúde de funcionários e ex-funcionários). Não havia a informação no balanço, contudo, sobre como e quando o problema seria endereçado.
O PPSP é o principal plano administrado pela Petros e tem 21 mil participantes ativos e 55 mil assistidos, entre aposentados ou pensionistas.
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