FIDEF e conselheiros contra o PLP 268/16 para garantir suas “boquinhas”

FIDEF, entidade em que atuam os mesmos de sempre, defendendo a mesma coisa de sempre.

A Petros não tem os dois diretores que representariam os participantes por via de eleição, pois foram, até aqui, indicados pelo grupo político ligado ao poder (primeiro o Lyra com o Maurício, depois o Newton com o Maurício e agora o Fernando com o Danilo). De qualquer forma não deixaram nunca de ser representantes dos participantes (ainda que não nossos). O que fizeram eles?

Tivemos o CD da Petros paritário até que o autor desse alerta abaixo, conseguiu, com sua ganância em buscar apoio para se tornar diretor, perder um dos postos do conselho para o pcc. No Conselho Fiscal ainda continuamos elegendo os dois conselheiros. E qual foi o resultado disso?

O resultado é estarmos com um absurdo déficit que ultrapassa os R$ 20 bilhões, com conselheiros que se escusam em discutir o assunto às claras e se escondem em evasivas.

Vocês leram abaixo a carta do FIDEF? Viram o seu item 3? Pois é, o autor da mensagem abaixo, junto com o seu atual titular no Conselho Fiscal, estiverem na CPI da Petrobrás e defenderam o investimento em Sete Brasil, com o argumento absurdo: investimentos em desenvolvimento de tecnologia nacional. Isso é de fato uma maravilha, mas deve ser obrigação, no investimento, do poder central e não de uma fundação previdenciária que tem obrigação de pagar benefícios e portanto compromissos fixos e inadiáveis. Ou seja, tudo uma escrachada mentira, pois já era notório, com as delações premiadas que pipocavam na Operação Lava Jato, que a Sete Brasil era um antro criminoso, um verdadeiro buraco negro, formatado única e especificamente para roubar e jamais para desenvolver tecnologia nacional e os dois conselheiros discursando na CPI sem conhecer nada do assunto.

Descaradamente, o FIDEF, usa o, finalmente definido como péssimo investimento e à beira do colapso total, como argumento para defender a independência da gestão.

A CPI dos fundos de pensão nunca teve qualquer participação das nossas entidades, exceção da Ambep e do Gdpape, tampouco qualquer conselheiro (exceção do Sinedino, convocado a dar depoimento) lá apareceu para defender a nossa fundação. Somente Raul, eu e o Velocino, fizemos o trabalho junto aos deputados.

O buraco é muito mais embaixo e não deve ser defendido dessa forma. Há milhares de empresas abertas e muito bem governadas de forma independente. São poucas as empresas familiares que ainda sobrevivem no mercado.

A Petrobrás foi assaltada com a ajuda (E MUITA, E IMENSA, E ABSURDA) de diretores e empregados que faziam parte há muito do seu quadro interno.

Não sei se alguns ainda se lembram, durante o desgoverno Collor, foi designado para Presidente da Petrobrás, um advogado, Luís Octavio Carvalho da Motta Veiga, lá posto com o firme propósito de privatizá-la. Em muito pouco tempo de presidência, conheceu seu corpo técnico e viu que aquilo que se falava da empresa não era verdade e ao defende-la, como se fora um petroleiro das antigas, acabou sendo saído.

A questão não é ser ou não ser participante, mas ter ou não ter caráter, honestidade de princípios, humildade para reconhecer erros e capacidade, muita capacidade e conhecimento técnico. Nós estamos nessa situação porque nossos conselheiros, preferiram se preocupar com suas eleições e não com a defesa do nosso patrimônio e quando colocados frente a frente com a denúncia de investimentos temerários que, junto com diretores traidores oriundos também dos participantes, apoiaram e alavancaram os seus erros e não assumiram a correção que deveria ser feita.

É necessário sim muito cuidado, pois nem tudo que parece, é. Neste caso presente, não há qualquer dúvida que o FIDEF não tem apoio algum para falar em nome dos participantes. Se conseguirmos ao menos cortar a indicação política das fundações já será um ganho enorme.

A choradeira existe porque estão preocupados em perder suas boquinhas eternas.

Sérgio Salgado